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Cênicas

Gregório Duvivier atua solo em peça melancólica

Ator das esquetes de internet Porta dos Fundos mostra versatilidade em monólogo que já foi de Marco Nanini

“É muito bom ver o público se surpreender, porque as pessoas não estão mais acostumadas a se emocionar. No meio da peça, você vê que a plateia chora.”, Gregório Duvivier, ator | Renato Mangolin/Divulgação
“É muito bom ver o público se surpreender, porque as pessoas não estão mais acostumadas a se emocionar. No meio da peça, você vê que a plateia chora.”, Gregório Duvivier, ator (Foto: Renato Mangolin/Divulgação)

Um homem, sobre um palco, sozinho, sofrendo a ausência de Berenice. Na verdade, ela está lá o tempo todo, como destinatária de tudo que ele pensa, ou tenta pensar. Um escritor sem ideias é o protagonista de Uma Noite na Lua, monólogo que o ator Gregório Duvivier traz de volta a Curitiba de sexta-feira a domingo, no Teatro da Caixa. Ele apresentou o espetáculo na cidade durante o último Festival de Teatro, com boa aceitação.

O ator, um dos integrantes das esquetes de humor para internet Porta dos Fundos, recebeu o Prêmio da Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro (APTR) 2013 de melhor ator pelo papel.

Parece curioso ver Gre­­gório num monólogo – ele vem de uma experiência com teatro de grupo, o Tablado. No portal web pelo qual ficou conhecido e do qual é idealizador, faz um trabalho de equipe acirrado: são duas estreias semanais. Por isso, soa inusitado vê-lo sozinho no palco, ainda mais com um texto que pode ser considerado melancólico, em que as reminiscências do personagem e a angústia do presente transparecem não só nas palavras, mas também na voz e trabalho corporal do ator. Mas, como ele afirma, trata-se de um texto completo, que dá espaço para o humor – especialmente na forma de atuação, com a qual o público ri em muitos momentos.

Uma Noite na Lua é uma remontagem, cuja estreia ocorreu em 1998, com atuação de Marco Nanini. Se não bastasse a sombra do figurão cênico a pesar sobre o espetáculo, Gregório lida ainda com a direção do pai da namorada (Clarice Falcão), o também autor do texto, João Falcão.

O resultado, a julgar pelos trechos disponíveis na internet, é um trabalho intenso em que, ao longo de 60 minutos, o ator se desdobra entre diálogos imaginários com a plateia, com a amada agora distante e até com Deus.

Uma das diferenças em relação à versão dos anos 1990 é que agora não há cenário: o ator segura o olhar do espectador durante toda a peça, usando para isso muita movimentação e brincando com a iluminação.

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