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DVD

Hábitos estranhos e poderes paranormais

Invenção ou realidade, EUA usa métodos bizarros de espionagem na comédia de humor negro Os Homens Que Encaravam Cabras

George Clooney e Ewan McGregor atuam no primeiro filme dirigido por Grant Heslov, ator e corroteirista de Boa Noite e Boa Sorte | Divulgação
George Clooney e Ewan McGregor atuam no primeiro filme dirigido por Grant Heslov, ator e corroteirista de Boa Noite e Boa Sorte (Foto: Divulgação)

São Paulo - Parece piada, mas há quem garanta que algum dia foi verdade: em um passado não muito distante, o governo dos Estados Unidos recrutou videntes e místicos para desenvolver supostos poderes extrassensorias em militares, que os usariam em missões secretas.

Ao menos, é isso o que sustentam livros como o best seller Os Homens Que Encaravam Cabras, de Jon Ronson, que serviu sob me­­dida para decolar o roteiro de Peter Straughan. Ele é a base da comédia de humor negro de mesmo nome, que marcou a estreia na direção do ator Grant Heslov (Boa Noite e Boa Sorte), e chega esta semana às locadoras em DVD.

Diretor e ator de Boa Noite e Boa Sorte, George Clooney é um dos protagonistas. Ele interpreta o ex-soldado Lyn Cassidy, que está no Kuwait, em 2003, tentando entrar no Iraque, onde teria uma missão secreta a cumprir.

É num hotel desse país que ele conhece o jornalista Bob Wilton (Ewan McGregor), afundando as mágoas do casamento fracassado à procura da adrenalina da cobertura da guerra.

Embora o olhar esbugalhado de Cassidy não autorize a ter confiança no seu equilíbrio emocional, Wilton resolve acompanhá-lo quando ele decide entrar no Iraque por sua própria conta. Pelas vias oficiais, a viagem poderia demorar muito ou nunca acontecer.

O trajeto de jipe pelo deserto é mais conturbado do que o jornalista imaginava e não exatamente por cruzarem com milícias ameaçadoras. Os hábitos de Cassidy, na verdade, são estranhos. Ele se dedica à meditação e diz que pode controlar as nuvens.

Quando o jornalista quer saber que armas trouxeram para a sua defesa, o outro responde: "Somos Jedis, não lutamos com armas." A piada extra é que o personagem de Ewan McGregor – que interpreta Obi Wan Kenobi nos episódios de origem da nova saga Star Wars, de George Lucas – aqui desconhece o que seja um cavaleiro Jedi.

A jornada de Cassidy e Wilson no deserto iraquiano corre paralela à revelação de maiores detalhes sobre o nascimento do Exército da Nova Era, uma unidade ultrassecreta do Exército norte-americano.

Criada em meados dos anos 70, a companhia teria deflagrado o seu tipo peculiar de corrida armamentista com os soviéticos, estudando o uso de atividades paranormais para fins de espionagem. O objetivo era que soldados pudessem desenvolver dons como atravessar paredes, ficar invisíveis e matar uma cabra com um simples olhar.

Comandada pelo general Hop­good (Stephen Lang) – que tenta atravessar paredes, sem muito sucesso –, a unidade faz treinamentos bem estranhos aos métodos militares. O general Bill Django (Jeff Bridges, de Coração Louco), um verdadeiro hippie, especializa-se em comandar sessões de dança e uso do LSD entre seus soldados, para relaxamento das energias.

Nem todo mundo aprecia essas novas técnicas, muito menos todo o protagonismo de Django. Um deles é o coronel Larry Hooper (Kevin Spacey), que não mede esforços para voltar a si o foco das atenções. Em breve, Cassidy e o jornalista Wilton vão reencontrar todo esse time ainda em ação, em pleno deserto iraquiano. Tomara que seja apenas uma licença da imaginação do roteirista.

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