Quando o empresário Arno Bonotto comprou a Verona Video em 2006, o mercado das videolocadoras estava ainda em expansão. “Foi uma oportunidade boa de negócio e eu resolvi entrar neste ramo”, disse Arno.
Desde então, o cenário geral mudou, mas Arno garante que o empreendimento continua saudável ainda que em menor dimensão.
“Nos temos uma média de 2 mil locações por mês e diversificamos o negócio para o aluguel de games e acessórios o que atraiu um publico mais jovem”, disse. Ele ainda destaca a fidelidade de um determinado perfil de cliente que cultiva o “costume de ira à locadora toda semana”.
Esta fidelidade também sustenta uma das pioneiras da cidade, a Cartoon Vídeo que chegou a ter três lojas e hoje funciona apenas em sua sede original, no bairro do Cabral.
“Nos temos 156 mil clientes cadastrados de todos os cantos da cidade. Ainda temos um movimento bom, por que muita gente não abre mão e valoriza esta forma de assistir a filmes”, explica o proprietário Neivo Zanini. Ele aposta ainda na venda de parte do acervo e de produtos alimentícios como refrigerantes, sorvetes e salgadinhos que casam com a experiência de assistir vídeos em casa.
Pioneira do setor em Curitiba, com um acervo de mais de 34 mil filmes, a Video 1 tenta criar alternativas para o pessimismo do mercado desde 2009. Na época, o proprietário Luiz Renato Ribas começou a desenvolver conteúdo próprio em um estúdio anexo a loja para o projeto batizado Memória Paranaense.
De lá para cá, recolheu centenas de depoimentos de personalidades paranaenses que vão desde o cantor Ivo Rodrigues até o ex-governador Jayme Canet Jr.
“Nunca vamos fechar. Primeiro em respeito a nossos milhares de clientes que buscam filmes raríssimos de nosso acervo. O dia em que a atividade não resistir mais, vamos permanecer como espaço cultural da cidade”, projeta Ribas.



