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Cinema

"Histeria" diverte com invenção do vibrador

Em tempos de literatura erótica em alta, um filme de época vem falar da invenção da máquina usada para tratar sintomas tão distintos como ansiedade, depressão, ninfomania ou frigidez

Filme aborda criação do vibrador em 1880 | Divulgação
Filme aborda criação do vibrador em 1880 (Foto: Divulgação)

Os mistérios da sexualidade feminina na sisuda era vitoriana e a história, em parte verídica (segundo os produtores), da invenção do vibrador, estão por trás de "Histeria", comédia coproduzida por Inglaterra, França, Alemanha e Luxemburgo e dirigida pela norte-americana Tanya Wexler. A partir de uma ideia original do também produtor Howard Gensler, e roteiro do casal Stephen e Jonah Lisa Dyer, o filme acompanha as desventuras de um médico jovem e idealista, Mortimer Granville (Hugh Dancy) -- personagem que realmente existiu. Nos anos 1880, ele já está familiarizado com os preceitos da higiene que visam prevenir as doenças, mas é minoria. Por conta disso, vive entrando em choque com seus empregadores e, demitido, volta para o lar de seus ricos pais adotivos. Lá, consola-se com a amizade fraterna de uma espécie de irmão mais velho, o lorde Edmund St.John-Smythe (Rupert Everett) -- cuja paixão pela eletricidade e as invenções logo mais serão muito úteis a Mortimer. O dr. Mortimer arranja um novo emprego, como assistente de um famoso ginecologista, dr. Robert Dalrymple (Jonathan Pryce). A sala de espera sempre lotada tem um motivo: o dr. Dalrymple acredita honestamente que a massagem vulvar é o segredo para curar os males decorrentes daquilo que se chamava genericamente e, com mais preconceito machista do que base científica, de "histeria", reconhecida a partir de sintomas tão distintos como ansiedade, depressão, ninfomania ou frigidez. Um suposto alto índice de cura garante o eterno retorno das satisfeitas pacientes. O talento do dr. Mortimer para a técnica aumenta as filas à porta do consultório, cada vez mais lucrativo. Além de ganhar bem, o jovem médico também recebe as maiores atenções da filha caçula de seu patrão, Emily (Felicity Jones). Noivado à vista. Uma rebelde está infiltrada nesse mundo arrumadinho --Charlotte (Maggie Gyllenhaal), a filha mais velha do médico, uma precursora feminista, defensora da educação e da liberdade sexual para as mulheres, além de ativista a favor dos pobres e marginalizados. Desprezando o destino previsto para moças de sua classe, ela esnoba o casamento e investe todo o dinheiro que consegue levantar num centro comunitário, que funciona como uma espécie de creche, onde ela atua como um misto de professora, assistente social e enfermeira. Para desgosto de seu aristocrático pai. A felicidade de Mortimer sofre um contratempo quando ele começa a ter cãibras nas mãos -- doença profissional que suas ávidas clientes não vão tolerar. A ameaça do desemprego, no entanto, pode ser impedida com a ajuda de Edmund, que acabou de inventar uma engenhoca que pretendia usar como espanador elétrico, mas para a qual Mortimer logo descobre um novo potencial.

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