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Opinião

Homenagem ao Grande Circo Místico não faz feio

Iria Braga interpretou “Meu Namorado” | Deborah Chibiaque/ Divulgação
Iria Braga interpretou “Meu Namorado” (Foto: Deborah Chibiaque/ Divulgação)

Era dura a tarefa de Cantando O Grande Circo Místico, o show em homenagem aos 45 anos do Balé Guaíra apresentado no Guairinha no último fim de semana. Apoiados por montagem e banda enxutas, intérpretes de Curitiba ficaram incumbidos de revisitar a trilha sonora do espetáculo de 1983, cujas canções se cristalizaram no imaginário de gerações devido à voz de alguns dos cantores mais brilhantes da música brasileira.

Mas deu certo, a começar pelos arranjos eficientes de Vicente Ribeiro, capazes de recuperar o espírito das grandiosas instrumentações originais com uma formação de cinco músicos afiados – Alonso Figueiroa (acordeão), Fábio Cardoso (piano), Fernando Rivabem (bateria), Gabriel Schwartz (flautas e flautim) e Sandro Guaraná (baixo).

Ribeiro, que tocaria violão durante o espetáculo, mas acabou assistindo da plateia por motivos de saúde, teve à disposição um sexteto de cantores do Vocal Brasileirão. Eles fizeram um trabalho de primeira, tanto em coro ou nos momentos solo. Solistas sem o mesmo apuro técnico também não fizeram feio, como Bernardo Bravo e, sobretudo, Rodrigo Barros Del Rei, que apostou na teatralidade para interpretar "A Bela e a Fera" em meio a boas performances de Suzie Franco e Fernanda Sabbagh, do Brasileirão, e de Iria Braga, que cantou "Meu Namorado".

Inspirado pelo espetáculo do Balé, o componente cênico foi elementar, mas valeu para sublinhar de forma divertida o tom celebrativo e nostálgico da homenagem. Sem querer fazer frente ao espetáculo ou aos intérpretes de sua trilha original, esta era a intenção do espetáculo, conforme explicou seu próprio idealizador e diretor, Rodrigo Fornos. Funcionou. GGG

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