
São Paulo - Na última terça-feira, um paredão triplo no Big Brother Brasil recebeu número recorde de votos (77 milhões) e registrou a média de audiência mais alta da edição (34 pontos, o que representa cerca de 2 milhões de domicílios na Grande São Paulo). E, graças à polêmica em torno de dois participantes, repercutiu em veículos internacionais.
Na quarta-feira, a reportagem principal do site da revista americana Advocate, voltada ao público gay, questionava o fato de os brasileiros terem votado para eliminar a lésbica Angélica e mantido na casa Dourado, acusado de homofobia. Na página da publicação na internet, muitos leitores, na maior parte brasileiros, atacavam e defendiam o "brother" gaúcho. Para alguns dos internautas, o lutador está sendo vítima de uma campanha difamatória e tudo que fala é manipulada para virar discurso preconceituoso. Os pais de Dourado chegaram a falar em "heterofobia".
Lixo
Outro que se manifestou em relação ao comportamento de Dourado foi o músico britânico Boy George que escreveu sobre o tema no Twitter. "Homofóbico lidera o Big Brother Brasil. Brasileiros, votem para eliminar esse narcisista que odeia gays." E acrescentou: "Deus abençoe todas as lésbicas!.
Ontem, irritado com as perguntas a respeito de suas críticas à suposta homofobia no BBB e repercussão de seus comentários, o cantor britânico Boy George disse que não "está nem aí" para o programa. "Estou cansado de ouvir coisas sobre esse lixo brasileiro, se ele é homofóbico, ele que se dane!", escreveu o artista no Twitter, se referindo a Marcelo Dourado.
Diversidade
Nos dois casos, as manifestações se referem às acusações contra Marcelo Dourado, que já havia participado da quarta edição do reality show e vem sendo acusado de fazer comentários preconceituosos contra gays. Nesta edição do programa, apelidado de "BBB da diversidade por ter três homossexuais assumidos, Dourado costuma se mostrar contrariado quando os colegas falam de temas ligados àquele universo. Em uma refeição, deixou a mesa e disse ter perdido a fome pois conversava-se sobre baladas gay. Depois, irritou-se com uma brincadeira do apresentador Pedro Bial, que insinuou uma atração entre ele e o drag queen Dicesar. Recentemente, disse que "heterossexuais não pegam aids, insinuando que a doença só se propaga em relações homossexuais. Antagonistas, Dourado e Angélica diziam esperar que o público decidisse quem estava com a razão. A briga entre os dois começou quando Angélica acusou-o de ter mudado depois de voltar do paredão e de combinar votos com seus aliados. Após algumas brigas, Dourado chegou a dizer que agrediria a participante se não estivesse no programa. "Era para ter quebrado o dedo dela, dado um monte de porrada e [a] deixado desmaiada no hospital. Ainda nesta edição, Dourado protagonizou outra polêmica por ter uma tatuagem que contém uma suástica. Segundo ele, o símbolo não faz apologia ao nazismo por ser anterior a ele.
Interatividade
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