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Horror em vídeo, áudio e teatro

Cia. Vigor Mortis apresenta Debutante Sangrenta no Rio de Janeiro e anuncia mostra de filmes inéditos para o carnaval curitibano

Debutante Sangrenta: 15 anos de apego à estética do terror e do grotesco | Marco Novack/Divulgação
Debutante Sangrenta: 15 anos de apego à estética do terror e do grotesco (Foto: Marco Novack/Divulgação)

Eles são teatrais demais para o pessoal do cinema, e cinematográficos demais para o povo do teatro. Com essa identidade flutuante, a companhia Vigor Mortis começa 2013 longe de Curitiba, apresentando no Rio de Janeiro a mostra Vigor Mortis 15 Anos: Debutante Sangrenta, ao lado da companhia-irmã Thrillpeddlers ("mascates da emoção", em português), de São Francisco, nos Estados Unidos.

Como sempre, as apresen­­tações patinam em sangue, agora com o acréscimo grotesco dos piercings feitos ao vivo pelos colegas norte-americanos, e de um espetáculo realizado em conjunto entre as companhias e ensaiado em oito dias, The Twisted Pair (Um Par Torto).

O grupo norte-americano apresenta ainda Penny’s Guide to Teen-age Charm and Popularity e Needlephobia, e a Vigor encena O Sistema do Dr. Betume, inspirado em Edgan Allan Poe.

Debutante Sangrenta não ocorrerá em Curitiba por falta de patrocínio. No Rio, a minimostra acontece de quarta-feira, 31, a domingo, no Teatro Nelson Rodrigues da Caixa Cultural.

Além das peças, a Vigor apresenta na cidade seu longa Morgue Story – Sangue, Baiacu e Quadrinhos, primeiro filme "de respeito" do diretor Paulo Biscaia Filho, que logo se apaixonou pelo audiovisual – suas peças deixam isso claro, quase sempre com projeções elaboradas.

"Estou em crise eterna. Mas ela é necessária ao conflito, o primeiro passo para a dramaturgia", confessa o diretor, que, no começo do ano, já se declara cansado. Não fosse o chamado dos fãs de sangue ao vivo, ele investiria apenas em cinema.

Filmes

Em Curitiba, a próxima agitação promovida pela Vigor será no carnaval, de 8 a 11 de fevereiro. E será jus­­­­ta­­mente uma mostra de cinema, a Grotesc-O-Vision, com filmes de zumbi e horror (veja a programação ao lado). As sessões acontecem na Cinemateca, enquanto nas ruas e bares acontecem os tradicionais Psycho Carnival e a Zombie Walk.

Os longas e curtas são inéditos na cidade, com títulos como President Wolfman, realizado a partir de trechos de filmes de domínio público, e Cell Count, de Todd Freeman, sobre um hospital onde ocorrem experiências e mutações.

Porto dos Mortos e Mangue Negro representam o horror nacional, além dos curtas Continue?, de Leonardo Goulart e Desalmados, de Raphael Borghi.

O grand finale será a apre­­sentação ao ar livre, nas Ruínas de São Francisco, de Nervo Craniano Zero, quando o público terá de sintonizar uma estação de rádio para ouvir o áudio do filme.

A experimentação com dife­­rentes mídias continua ao longo do ano. Depois de rodar o curta O Coração Que Falava Demais, em março, o grupo estreia em maio o espetáculo Vigor Mortis Jukebox, com transmissão por livestreaming enquanto apenas uma pessoa poderá ver a peça de perto. O cenário será restrito à cabeça do ator Kenni Rogers, que estará dentro de uma máquina de músicas – que "tocará" peças.

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