A Associação dos Correspondentes de Imprensa Estrangeira no Brasil (ACIE) realiza pela quarta vez o Prêmio ACIE de Cinema, que elegerá o melhor do cinema brasileiro que esteve em cartaz no ano passado.Serão contempladas oito categorias: filme (ficção), documentário, diretor, roteiro, ator, atriz, fotografia e filme júri popular - a novidade desta edição. Treze filmes receberam indicações e os vencedores serão anunciados em um evento, no dia 28 de maio, às 20h, no Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. A noite reserva ainda uma homenagem ao cineasta e jornalista Eduardo Coutinho.
"O ano em que meus pais saíram de férias", de Cao Hamburger, foi o campeão de indicações e concorre a cinco troféus: melhor filme, diretor, roteiro (escrito por Cláudio Galperin, Bráulio Mantovani, Anna Muylaert e Cao Hamburger), fotografia, e ator, com o jovem Michael Joelsas, de 12 anos, que pode levar o troféu se conseguir desbancar os consagrados Antonio Calloni ("Anjos do sol"), Matheus Nachtergaele ("Tapete vermelho") e Leonardo Medeiros ("Veneno da madrugada).Dois filmes que abordam o tema prostituição chamaram a atenção dos correspondentes estrangeiros: "Anjos do sol", de Rudi Lageman, concorre a melhor filme, ator (Antonio Calloni), atriz (Fernanda Carvalho) e roteiro (Rudi Lagerman). E "O céu de Suely", de Karim Ainouz, pode levar o troféu de melhor filme, diretor, atriz (Hermila Guedes) e roteiro (Karim Ainouz).
Curiosamente, a obra de Cacá Diegues, "O maior amor do mundo", concorre apenas ao troféu mais importante, o de melhor filme. Já Beto Brant foi lembrado em outra categoria de peso, a de melhor diretor, por "Crime delicado".
O fascínio que o futebol brasileiro desperta mundo afora foi lembrado na categoria documentário. Dois indicados falam do tema: "O dia em que o Brasil esteve aqui", de Caito Ortiz e João Dornelas, que trata dos bastidores da ida da seleção brasileira de futebol para um amistoso no Haiti; e "Ginga - a alma do futebol brasileiro", de Hank Levine, em que craques falam sobre sua relação com o futebol. Completam a lista: "Estamira", de Marcos Prado, sobre uma mulher de 63 anos que vive e trabalha em um aterro sanitário; e "Soy Cuba - o mamute siberiano", de Vicente Ferraz, que faz uma análise sobre uma superprodução soviética dos anos 60 e que permanecia desconhecida até a década de 90.
A novidade desta edição é o Troféu Júri Popular, que permitirá ao público eleger o melhor filme entre os 13 que receberam indicações. Todos que assistiram às obras concorrentes na mostra gratuita do CCBB, em abril, tiveram oportunidade de votar em seu filme preferido. Nas demais categorias o voto foi somente dos correspondentes estrangeiros - são cerca de 250 afiliados às associações do Rio de Janeiro, São Paulo, e Brasília.
