São Paulo - A súbita percepção de que tinha um vasto repertório criado especificamente para novelas, propagandas, espetáculos de dança e seriados televisivos levou o músico Lenine a agrupar algumas dessas canções que nunca foram gravadas em seus CDs de carreira no álbum Lenine.DOC/Trilhas, que acaba de chegar às lojas de todo o país.
Com 12 faixas, o disco é apenas o início de uma série de CDs temáticos que o artista pretende lançar, ainda sem datas previstas.
"É um trabalho documental, criado a partir da sensação de que essas minhas mais de 60 músicas passavam desapercebidas", diz Lenine.
O tema "Aquilo Que Dá no Coração", de Passione, abre o CD, que também reúne músicas de trilhas infantis ("De Sabugo a Viscondi" e "A Mula Sem Cabeça") e de filmes, como o samba "Quatro Horizontes" (Diabo a Quatro), feito em parceria com Pedro Luis e a Parede, e o baião "Como É Bom a Gente Amar" (A Pessoa É para o Que Nasce).
Para quem acompanha os folhetins da Globo será fácil identificar os hits "Agora É Que São Elas", da abertura da novela homônima, além de "Não Faz Mal a Ninguém", de Sete Pecados, e "Alpinista Social", de Lua Cheia de Amor.
Exercício
"As novelas são muito voltadas à música e compor com foco em um personagem, para mim, é um exercício. Consiste em descobrir as palavras, os sons e o que soa verdadeiro nele e em transportar isso para a música. Eu adoro", afirma o cantor.
O CD tem ainda a instrumental "Violenta", feita para o espetáculo Breu, do grupo Corpo de Dança. "É a canção que acontece sem a necessidade da crônica. Foi maravilhoso ver seus arranjos e relevos sendo tocados simultaneamente aos movimentos dos bailarinos", diz.
Ele ainda conta que há acervo para a sequência Lenine.DOC/Duo e Lenine.DOC/Intérprete, entre outros temas. "Esse material continua se avolumando", diz.
