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Segundo estudo, pessoas que leem livros regularmente apresentaram redução de 20% no risco de morte | André Rodrigues/Gazeta do Povo
Segundo estudo, pessoas que leem livros regularmente apresentaram redução de 20% no risco de morte| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

Boas notícias no Dia Nacional dos Amantes de Livros (celebrado no dia 9 de agosto nos Estados Unidos): um capítulo por dia mantém o ceifador de almas à distância – pelo menos por um pouco mais de tempo.

Um estudo recente de pesquisadores da Universidade de Yale, publicado online na revista Social Science & Medicine, concluiu que “pessoas que leem livros regularmente apresentaram uma redução de 20% no risco de morte nos 12 anos de acompanhamento em comparação com pessoas que não leem livros.”

Os dados foram obtidos de um estudo longitudinal chamado Estudo sobre Saúde e Aposentadoria (Health and Retirement Study) patrocinado pelo Instituto Nacional do Envelhecimento. O estudo observou 3.635 indivíduos, todos com mais de 50 anos, que foram divididos em três grupos pelos pesquisadores: aqueles que não liam livros, aqueles que liam até 3,5 horas por semana e aqueles que liam mais de 3,5 horas por semana.

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As descobertas foram notáveis: leitores de livros sobreviveram por quase dois anos a mais do que aqueles que não abriam um livro.

Controlando para variáveis como nível educacional, renda e estado de saúde, o estudo descobriu que aqueles que liam mais de 3,5 horas por semana tinham uma probabilidade 23% menor de morrer durante o período de 12 anos. Aqueles que liam até 3,5 horas – uma média de meia hora por dia – tinham uma probabilidade 17% menor.

Em outras palavras, assim como uma dieta saudável e exercício, livros parecem promover uma “significativa vantagem de sobrevivência”, concluíram os autores.

Por que isso acontece?

Por que ou como isso ocorre permanece obscuro. A pesquisa mostrou apenas uma associação entre leitura de livros e longevidade, não uma relação causal. Mas as descobertas não são assim tão surpreendentes. Outras pesquisas recentes mostraram que ler romances parece impulsionar a conectividade cerebral e a empatia.

Os resultados poderiam ser bons para os brasileiros, mas houve uma queda na venda de livros entre 2015 e 2016, de acordo com Nielsen BookScan, o principal coletor de dados para a indústria de publicações de livros. Atualmente, há uma queda de 14,93% em volume e 5,83% em valor, resultados melhores que o comparativo do período passado, que apresentou queda de 16,30% em volume e 6,94% em valor.

Quando se trata de quais países leem mais livros, Índia, Tailândia e China estão em primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente, de acordo com o Índice de Cultura Mundial, enquanto o Brasil vem em 27º, atrás de países como Egito, Austrália, Turquia e Alemanha.

Infelizmente, os pesquisadores de Yale disseram que a longevidade não é aumentada pela leitura de jornais.

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