
A síndrome do pânico é um daqueles eventos psicossomáticos que ainda são cercados de forte preconceito. Quem sofre com ele ouve que é desequilibrado, não tem controle de si mesmo, enfim, que não passa de um “fricote”. Para o médico Antonio Marques, a síndrome do pânico tem cura, e esse é o título do livro que lança pela editora Barany.
De acordo com Marques, o transtorno surge basicamente pelo desejo de poder mais, de dominar a natureza e os semelhantes. Localiza-se no inconsciente da pessoa, sendo que a ansiedade é a primeira a surgir, no nível da consciência, seguida pela depressão subconsciente.
Apesar de trazer sugestões que assustam – como tratamento com picada de abelhas e explicações centradas na antroposofia, que incluem movimentações da alma em relação ao corpo –, a base da teoria parece pertinente aos dias de hoje. Trata-se de valorizar a percepção do corpo mais do que buscar o conforto passageiro de remédios. Que, claro, são necessários, mas nem sempre resolvem o problema.



