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Em setembro de 1991, o lançamento de “Nevermind”, o segundo álbum do Nirvana, estremeceu o mundo. O punk rock do trio de garotos desajustados desbancou Michael Jackson e colocou o underground no centro dos holofotes.

Da ascensão meteórica à trágica morte do vocalista Kurt Cobain três anos depois, o álbum se transformou em clássico instantâneo.

Para celebrar os vinte cinco anos de Nevermind, a coletânea “Cobain” reuniu 25 escritores brasileiros para escrever contos inspirados nas faixas originais do disco e em canções retiradas de outros álbuns da banda.

O livro está disponível para download gratuito em diversas plataformas digitais. “A intenção era fazer uma grande homenagem ao álbum que pudesse atingir o máximo de leitores”, explica o editor Sérgio Tavares.

“Queria fazer o diálogo entre música e literatura, de antologias constituídas de contos inspirados em canções, sobretudo as de rock”, diz o organizador do livro.

“Escolhi uma banda icônica para minha geração, cujo álbum máximo estava prestes a completar 25 anos. O ‘Nevermind’ foi a trilha sonora da minha adolescência e sempre a única opção”.

Para escrever sobre as letras do Cobain, foram chamados de iniciantes a nomes já consagrados e premiados, de diferentes partes do país, mas que fossem, acima de tudo, autores fãs da banda.

O escritor curitibano Mário Araújo, vencedor do prêmio Jabuti em 2005, está entre os convidados, ao lado de nomes como Débora Ferraz, vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura de 2015.

Nocaute

Segundo Tavares, os contos vão do humor escrachado ao nonsense, passando pela ficção científica ao fluxo de consciência.

Para completar ao conceito do livro – um conto para cada banda – o editor recorreu a uma pequena “pedalada”. A proposta era ter 25 autores, para combinar com a data. Ocorre que a versão original do ‘Nevermind’ tem 12 faixas. “Criamos, então, as ‘bonus tracks’, que são contos inspirados em músicas de outros álbuns da banda”.

O editor conta que o Nevermind foi o momento chave de sua geração, “a primeira vez que um álbum fez sentido”. “Lembro como se fosse hoje: meu avô assistia ao Fantástico, eu passava na sala nessa hora e, de repente, começou a tocar “Smells Like Teen Spirit”. Eu fiquei paralisado, aquilo foi como um nocaute para mim”.

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