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Literatura

Livro “irado” destrincha o Rio de Janeiro

Amigos de infância, escritor e cartunista criam um guia de viagem inusitado, com informações curiosas e muita interação com o leitor

Cartum de Bruno Dummond, parte de “Meu Livro do Rio”. | Divulgação
Cartum de Bruno Dummond, parte de “Meu Livro do Rio”. (Foto: Divulgação)

Difícil explicar o que é “Meu livro do Rio”. É um guia de viagem com informações de almanaque que tem espaço para você escrever e colar coisas nele, como se fosse um diário.

A ideia partiu de Luiz André Alzer, que lançou no ano passado um jogo de tabuleiro sobre o Rio, chamado “Desafio Carioca”. Um dos ilustradores foi Bruno Drummond. Os dois amigos de infância, com uma quantidade grande de informações sobre a capital fluminense – organizaram 360 perguntas para o jogo –, decidiram fazer “um livro diferente”.

“Gosto muito desse estilo almanaque, com textos curtos, listas, mas sempre com muita informação e de um jeito mais pop”, diz Alzer, por e-mail. Ele é autor também do best-seller “Almanaque anos 80”. “Acho que a interatividade funciona, até porque muita gente gosta de ter uma espécie de álbum de recordações, para guardar ingressos, fazer anotações de restaurantes, etc. A proposta do livro é que ele seja, daqui a alguns anos, um diário de uma época da vida do leitor.”

Os autores fizeram um recorte de lugares, coisas e personagens que acham representativos do Rio e com os quais se identificam. Os dados casam bem com o humor ferino de Drummond, que mostra, por exemplo, um casal fazendo uma selfie na praia. Ela diz: “Mô, tem um cocozão boiando ali...”. E ele responde: “Disfarça e sorri que a hashtag é #paraiso”.

Veja algumas ilustrações do livro

Uma das partes mais divertidas do livro é “Entenda o carioquês”. Alzer faz um glossário de palavras tipo “coé” (mesmo que “qual é”), “bolado” (não entender alguma coisa) e “sinistro” (pronuncia-se “sinixxxx-tro”). “Eu gosto muito de ‘mermo’ porque traduz sonoramente muito bem o gingado do carioca”, diz Alzer. “Eu mermo falo ‘mermo’!!! Hahaha...”

Uma coisa chama atenção: “Meu livro do Rio” se vende como uma forma de organizar “lembranças que ficam espalhadas em blocos, celulares e Facebooks”. Parece que Alzer e Drummond arquitetaram a vingança do volume de papel sobre os gadgets.

“É que no fundo eu gosto muito do mundo analógico”, diz o autor. “Tenho Facebook, Instagram, uso direto WhatsApp e computador, mas sou absolutamente fissurado pelo papel, por fotos impressas, jogos de tabuleiro, por tudo que é mais palpável.”

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