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Letras

Litercultura amarra mundos literários

Quarto capítulo do evento começa hoje com programação abrangente e discussões de fôlego sobre livros e leitura

 | Lin Kristensen
(Foto: Lin Kristensen)

Os percursos literários do 4.º capítulo do Litercultura 2014 têm alguns personagens marcantes.

Um israelense que analisa a Bíblia como um romance e Deus como um protagonista de temperamento explosivo.

Um biógrafo que trava uma briga judicial contra a família Leminski e falará sobre o jornalista e poeta Torquato Neto, além de abordar questões delicadas envolvendo biografias não autorizadas.

A estreia de uma espécie de antidocumentário sobre Graciliano Ramos (1892-1953). E um diretor de museu de design que aborda a sedução através dos livros.

O evento começa hoje, às 20 horas, com show da cantora Thaís Gulin, e contará com 18 sessões, além de uma oficina de criação de e-books, ministrada pelo escritor Manuel Funes.

Nomes de trajetória ampla, como o chileno Antonio Skármeta, autor de O Carteiro e o Poeta, o escritor e tradutor brasileiro Eric Nepomuceno, o biógrafo Toninho Vaz e Deyan Sudjic, diretor do Museu de Design de Londres, dividirão espaço com autores locais, como Cezar Tridapalli, Ricardo Corona e Homero Gomes.

Todos eles têm algo em comum: a leitura como potencial de transformação e um olhar para as novas formas de publicação.

Curadoria

Parece um esforço da curadoria do evento esse de aliar diversas manifestações culturais – no sábado, por exemplo, Flavio Stein fará uma leitura pública acompanhada de um sintetizador.

A programação, que fecha a temporada do festival dividido em etapas, em um formato pioneiro no país, atesta a entrada do Litercultura no calendário cultural de Curitiba. "Estamos começando a construir uma tradição na cidade. O nosso formato é diferente de outros similares por apostar exclusivamente no leitor e expandir a ideia de feira ou festa. Nosso foco não é e não será o autor. Por isso, em nossos dois anos de festival, nunca tivemos um escritor homenageado. Estamos crescendo aos poucos", alega a produtora Manoela Leão.

Mais diversificado do que os capítulos anteriores da temporada, a última etapa do ano também abrirá espaço para a produção regional, mas fugindo do pejorativismo intrínseco ao termo.

"Nós temos que considerar os leitores da cidade e autores que proporcionem intercâmbio, um bom diálogo com o público. Mas também precisamos dar oportunidades deles conhecerem os autores daqui. Naturalmente, antes de tudo, nós precisamos ter gostado de seus livros", esclarece Manoela.

Paranaense leva o prêmio Jabuti

Da Redação

O jornalista paranaense Laurentino Gomes ganhou, na noite da última terça-feira, o prêmio Jabuti de Melhor Livro do Ano de Não-Ficção por 1889 (Globo Livros), o livro-reportagem em que narra os acontecimentos que levaram à Proclamação da República no Brasil.

Esse é o terceiro prêmio Jabuti que Gomes recebe por sua trilogia sobre a história do Brasil. O primeiro foi para 1808, em 2008, o segundo, para 1822, em 2011.

O Livro do Ano de Ficção foi para Marina Colasanti, pelo infantil Breve História de um Pequeno Amor (FTD).

Cada escritor recebeu um prêmio de R$ 35 mil, além dos R$ 3.500 por terem sido os primeiros colocados das categorias e a estatueta dourada no formato de um jabuti.

Os livros foram escolhidos pelo júri formado por associados da Câmara Brasileira do Livro, organizadora do prêmio. A curadoria foi da escritora Marisa Lajolo.

Obras de 27 categorias concorriam aos dois prêmios principais.

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