Um novo livro sobre as dificuldades econômicas que o autor Charles Dickens enfrentou antes de escrever "Um Conto de Natal", em 1843, se tornou um sucesso entre os consumidores no Natal.
"O homem que inventou o Natal", do historiador e romancista norte-americano Les Standiford teve um desempenho notável nas lojas, numa época em que as pessoas querem se distrair com o Natal em meio à crise.
"A necessidade de ser lembrado sobre a importância da caridade é ainda maior em tempos difíceis", disse Standiford em uma entrevista.
Aos 31 anos, Dickens tinha uma família grande para sustentar, dívidas e uma reputação manchada.
"Dickens precisava de dinheiro, estava desesperado", disse Standiford.
Assombrado pela prisão do pai em uma penitenciária para devedores e pela necessidade de trabalhar desde os 12 anos de idade para ajudar a família, Dickens passou por uma fase introspectiva prolongada, antes de sua sorte mudar com "Um conto de Natal", de acordo com Standiford.
Com o livro, Dickens esperava se redimir com uma mensagem otimista sobre um mundo de caridade universal, empatia e harmonia familiar.
Mas Standiford disse que também é possível que ele tivesse uma intenção menos altruísta do que mudar o mundo quando escreveu o mais curto de seus livros.
"A necessidade mais prática - ganhar algum dinheiro - não estava tão longe", disse Standiford.
Dickens escreveu o livro em seis semanas, numa época em que o Natal não tinha o mesmo apelo de hoje. Não havia árvores nem presentes nem cartões de natal. Por isso, o assunto deixou os editores em dúvida e Dickens teve de pagar a publicação com o próprio dinheiro.
Segundo Standiford, o livro teve influência decisiva sobre o modo como comemoramos o Natal hoje.



