Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Música

Madonna comanda espetáculo grandioso

Abertura da turnê da musa pop norte-americana levou 67 mil pessoas ao Parque dos Atletas, no Rio de Janeiro, no último domingo

Madonna apresentou releituras de grandes sucessos e canções de seu último álbum, MDNA | Luciana Whitaker/Folhapress
Madonna apresentou releituras de grandes sucessos e canções de seu último álbum, MDNA (Foto: Luciana Whitaker/Folhapress)

Ali, entre explosões em HD, jorros de sangue e uma igreja indo pelos ares no telão gigantesco. Ali, entre 20 e tantos dançarinos, uma mudança constante de cenário e umas seis trocas de roupas. Ali, no meio daquilo tudo, tinha a Madonna.

A performer americana, cantora e "periguete" mais famosa da história da música pop, abriu no Rio de Janeiro, na noite do último domingo, sua MDNA Tour. A turnê faz paradas em São Paulo, no Morumbi, hoje e amanhã. Ainda há ingressos à venda, principalmente para quarta-feira.

O giro brasileiro, que atraiu 67 mil pessoas, segundo a organização, ao Parque dos Atletas, no Rio de Janeiro, anteontem, termina em Porto Alegre, no próximo domingo. É a terceira vez de Madonna no país, após passagens em 1993 e 2008.

O "periguete" da descrição da cantora é palavra dela mesma, que estampou o termo em tatuagem nas costas, a certa altura do show, para perguntar ao público: "Vocês me acham gostosa?" A pergunta era óbvia. Não tinha como não achar aquela senhora de 54 anos gostosa. Ou "ainda" gostosa.

Em seu show "musicalda-Broadway", mesmo com toda aquela parafernália visual para atrair atenções, Madonna mostrou sua famosa luz própria e atraiu os olhares o tempo todo.

Ela comanda um espetáculo em que encarna todas as suas fases musicais, da santa à pecadora, revisitando seus 30 anos de reinado pop, um osso que ela insiste em não largar (Viu, Lady Gaga? Desistiu, Britney Spears?).

Santa, pecadora e preocupada em resolver os problemas das guerras no mundo. "Você estão vendo o que está acontecendo na Palestina, em Israel, no Irã? A gente precisa mudar isso. Mostrar dignidade, amor e respeito pelo próximo é um modo de começar uma revolução."

Entre mensagens, engajamentos, danças e poucas roupas, o show é irregular, tem altos e baixos, mas é bom quase o tempo todo.

Vários tons de bom. Releituras de grandes e milionários sucessos se misturam a algumas canções fracas de seu último álbum, MDNA.

Mas, se seu talento em compor gemas pop está indo em direção ao ocaso, fisicamente Madonna se mostrou super em forma. A apresentação é boa por isso e porque a performer, claro, tem muita história para contar.

O começo do show tem um pique de início de filme do 007 com ela de roupa de couro preto mais parecendo uma Mulher-Gato do que Bond Girl. Tiros e lutas coreografadas são embalados pelas músicas "Revolver" e "Gang Bang", essa última a melhor de seu mais recente álbum.

Madonna faz tudo isso, incluindo subir pela parede, cantando. Em que pese ter algum reforço vocal para ajudá-la enquanto corre, salta, briga, dança e canta, a artista pop segura a onda quase todo o tempo também no gogó.

De resto, teve... tudo. A fanfarra suspensa em "Gimme All Your Luvin’", a reformada moderna do hit sexy "Justify My Love", a fase "puta velha" com striptease, o filho Rocco dançando break em "Open Your Heart", o momento glamour com "Vogue".

Não tem muito erro. Quem vai ver Madonna vê Madonna, com tudo o que a cerca incluído no pacote.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.