
O cantor e compositor Toquinho está em um momento produtivo. Ele se apresenta hoje, em Curitiba, semanas após lançar um CD de tributo a Vinicius de Moraes e a cerca de um mês do lançamento de um novo álbum de músicas inéditas. "Eu nunca parei. Nunca paro. Sempre trabalhei muito", diz o músico, que se apresenta ao lado da elogiada cantora Verônica Ferriani às 21 horas, no Teatro Positivo (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 Campo Comprido).
No repertório, as principais músicas da extensa carreira do compositor. "Será um pouco a minha vida ali no palco", diz. "São canções antigas e conhecidas, para as pessoas cantarem, e, ao mesmo tempo, canções novas", adianta Toquinho, que vai tocar uma das músicas do disco que será lançado em setembro.
Novos trabalhos
O novo disco, Quem Viver Verá, terá 14 músicas inéditas de acordo com o compositor, feitas "sem pressa", ao longo de anos. "É um disco que eu gosto muito. Talvez o disco que eu tenha mais gostado de fazer. Tem uma ligação muito grande com a minha filosofia de vida, desde a seriedade que a vida traz até o lado lúdico dela", diz. O álbum terá participações especiais de Zeca Pagodinho e Ivete Sangalo.
O trabalho, autoral e com todos os arranjos feitos Toquinho, se diferencia do disco anterior do músico, lançado no mês passado. O CD Toquinho e Paulo Ricardo Cantam Vinicius um tributo ao poeta e compositor em roupagem pop e eletrônica foi baseado em pós-produção. Toquinho, convidado do projeto, gravou voz e violão, Paulo Ricardo gravou suas vozes e o produtor Waldo Denuzzo acrescentou colagens de samplers, efeitos e programações eletrônicas.
Apesar da experiência eletrônica, Toquinho diz não estar em busca de novidades musicais. "Ouvir uma novidade, hoje em dia, vai ser muito difícil. Gosto de fazer o que é bonito, não o que é novo. O novo é muito chato", diz o compositor. "Não tem aquela poesia do Drummond? E como ficou chato ser moderno/Agora serei eterno. Eu estou mais para eternidade que para modernidade", diz.
"Quero fazer coisas que fiquem para sempre para as pessoas. Estou mais preocupado com a emoção do que com ser moderno. O disco que fiz com o Paulo Ricardo é tido como moderno. Tem horas em que eu acho ele bom, e tem horas que eu acho ele ruim. Mas o que é bom é o que te emociona, o que é verdadeiro. E o público sabe quando é verdadeiro", diz Toquinho. Para mim, é isso o que vale, não a aventura da modernidade."
Serviço:
Toquinho e Verônica Ferriani. Teatro Positivo Grande Auditório (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300), (41) 3317-3107. Hoje, às 21h. A partir de R$ 144 e R$ 74 (meia-entrada).



