
Quem gosta de música como arte perene e não como diversão efêmera vai deitar e rolar com o almanaque "1001 discos para ouvir antes de morrer", um título provocativo para quem já tiver avançado na casa dos "enta", aquela que começa nos 40 e acaba depois da gente.
O "livrinho" de 962 páginas pega dos anos 50 aos dias atuais, acompanhando a evolução do pop e do rock, em maioria anglo saxão, mas com inserções de outros gêneros como jazz, reggae e música brasileira. Além de comentar os discos, o livro abre as listas de músicas, o que acaba facilitando a busca para dowloads na internet.
Antes de cada capítulo por década, há uma lista de acontecimentos relevantes do período. Os anos 50, destacados pela vitória da revolução cubana, pela invenção do bambolê e pelo lançamento do primeiro satélite, tem destaques no rock do seminal disco de Elvis Presley para a RCA, em 1956, que tem "Blue suede shoes" e "Tutti Frutti", apresentado como precário tecnicamente, mas pleno de magia. Mãe do rock, Little Richards aparece com "Here's Little Richards" (1957), com hinos como "Ready Teddy", "Jenny Jenny" e "Long tall sally". "This is Fats" (1956), de Fats Domino, é a segunda e última inclusão dos grandes mestres negros que influenciaram toda a geração inglesa dos anos 60. Curiosamente nada de Chuck Berry, o pai do rock. Mas constam grandes discos de jazz, como "Birth of the cool" (1957) e "Kind of Blue" (1959), de Miles Davis, "The atomic Mr. Basie".
Chico Buarque, Mutantes e Caetano Veloso estão entre os recomendados brasileiros.



