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Aventura

Menos História e mais entretenimento

300: A Ascensão do Império repete a estética que mistura quadrinhos e games, já presente no filme original, de 2007

O brasileiro Rodrigo Santoro interpreta novamente o rei persa Xerxes | Divulgação
O brasileiro Rodrigo Santoro interpreta novamente o rei persa Xerxes (Foto: Divulgação)

Quem assistir aos créditos finais de 300: A Ascensão do Império, que estreia hoje no Brasil, simultaneamente nos Estados Unidos, verá que o filme é, teoricamente, baseado em uma graphic novel intitulada Xerxes, de Frank Miller. Só que não é bem assim. A nova história em quadrinhos do autor de 300, álbum que serviu de base para o longa-metragem homônimo que se tornou um sucesso de bilheteria em 2007, não ficou pronta em tempo. Azar de Rodrigo Santoro, que interpreta o rei persa nos dois filmes, e perdeu a chance de ser o personagem central da trama (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).

Mas Xerxes, apesar de não ser o protagonista de 300: A Ascensão do Império, é o articulador da história, que se inicia antes dos acontecimentos retratados no longa original. Neste novo filme, dirigido por Noam Murro, que substituiu Zack Snyder, agora um dos produtores e roteiristas, ficamos sabendo como o príncipe persa se transformou na figura exótica, dourada e gigantesca vivida por Santoro.

Quando o pai de Xerxes, Dario, é morto em um confronto direto com os gregos, mais especificamente com soldados atenienses, o rapaz se sente inseguro para assumir a coroa e é manipulado por Artemisia (Eva Green, de Os Sonhadores), comandante da armada persa, que o convence a passar por uma transformação mística (e física), que dele faz uma espécie de deus, diferente dos demais mortais.

Caberá a Artemisia liderar os persas na batalha naval contra a tropa grega do ateniense Themistokles (Sullivan Stapleton, de Caça aos Gângsteres). Já transformado, Xerxes faz aparições aqui e ali na trama, que se estende para além do ponto em que 300 terminou, quando Leônidas (Gerard Butler) e os soldados espartanos por ele liderados são derrotados e mortos.

Assim como no primeiro filme, a opção estética de 300: A Ascensão do Império é negar o realismo em favor de um visual mais próximo dos quadrinhos e do videogame: as cenas de combate são altamente estilizadas e detalhadas pelo uso farto de câmeras lentas.

O ponto alto do filme, contudo, não são essas sequências de embate entre persas e gregos, algumas excessivamente longas e repetitivas, mas o destaque dado a Artemísia, interpretada com fúria pela francesa Eva Green, que consegue dar alguma complexidade à personagem, ao mesmo tempo sedutora e implacável – seu embate com Themistokles também passa por uma tórrida, e algo violenta, cena de sexo entre os personagens.

De resto, sobra fantasia em um filme que parte de fatos históricos, mas não pretende, de forma alguma, ser fiel a eles. Tudo em benefício do entretenimento. GG1/2

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