Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Música

Mesmo tímida e de poucas palavras, Maria Gadú faz público ferver

Na apresentação em Curitiba nesta sexta-feira (4), a cantora lotou o Teatro Positivo com direito a gritos histéricos da plateia e invasão de fã no palco

No show, Maria Gadú apresentou canções do primeiro CD e do novo trabalho Mais uma Página | Luciane Horcel
No show, Maria Gadú apresentou canções do primeiro CD e do novo trabalho Mais uma Página (Foto: Luciane Horcel)

Com uma calça branca largada e uma regata "surrada" da mesma cor, Maria Gadú entrou no palco quase encolhida na própria timidez, na noite de sexta-feira (4), no Teatro Positivo, em Curitiba. Mas, bastou o primeiro acorde ecoar para que a jovem se libertasse.

No figurino simples, os acessórios eram as duas guitarras e o violão que se revezavam, ao longo do show, no pescoço da cantora. O trunfo, que fez qualquer um esquecer do visual, apareceu quando a moça começou a cantar.

»Vídeo: Assista à abertura do show de Maria Gadú em Curitiba

Logo no início do show, a voz limpa, afinadíssima e pouco rouca deixou a plateia anestesiada. Todos mudos até serem despertos por um sonoro "Boa noite Curitiba!", quase gritado por Gadú, logo depois de "Alguém Cantando" e "Reis", escolhidas para abrirem a apresentação.

Aliás, há de se dizer que, além da voz da paulista, o efeito de hipnose foi resultado também de um outro artifício bem original: um telão, que separava o público de Gadú, em que eram escritos nomes de artistas, enquanto a primeira canção era tocada. (Veja o vídeo ao fim desta matéria)

Na vez da música "Extranjero", a terceira do show, o telão subiu e o público foi à loucura vendo a artista mais nitidamente, mas ainda não tão de perto. Exatamente por causa do telão, a montagem da banda no palco ficou recuada, ou seja, mesmo quem pagou o gargarejo, não ficou de nariz colado com Gadú.

No repertório canções do primeiro CD, como "Bela Flor" e "Tudo Diferente", e as do novo trabalho Mais Uma Página, como "Long Long Time", "Like a Rose" e "Anjo de Guarda Noturno".

Entre uma música e outra, nada de papo ou interação. Com uma timidez aguda, Maria Gadú só dizia um introvertido "Obrigada gente", nas breves pausas. O inusitado é que a falta de diálogo não comprometeu em nada a reação do público. Talvez por ser evidente que não se tratava de antipatia ou soberba por parte da cantora, simplesmente introspecção.

E a tietagem foi efusiva. Gritos histéricos de "linda!", "maravilhosa" e "te amo" eram quase parte do show. Enquanto isso, lá no palco, Gadú dava sorrisos, agradecia com acenos e às vezes até se espantava: "Oxi!", soltou depois de ouvir o berrar de tantos elogios.

Até aí, situação controlada. Mas já no bis, uma fã conseguiu driblar os seguranças e surgiu na frente da artista com os braços abertos.

Depois do abraço dado e da fã retirada, Gadú encerrou a apresentação com "Laranja" sendo cantada em coro por uma multidão que já se aglomerava no pé do palco, bem longe das cadeiras formais do teatro.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.