Na comédia romântica "Nunca é Tarde para Amar", a atriz Michelle Pfeiffer brinca com o próprio envelhecimento ao encarnar uma roteirista divorciada e quarentona que se apaixona por um ator bem mais jovem, vivido por Paul Rudd ("Uma Noite no Museu").
Michelle tem 49 anos, mas não aparenta. Mesmo assim, a diferença de idade entre ela e Rudd (que na vida real tem 38) é suficiente para armar a história, escrita e dirigida por Amy Heckerling (diretora das comédias "As Patricinhas de Beverly Hills" e "Olha Quem Está Falando").
O enredo parte do dilema de Rosie (Michelle), roteirista principal de uma série de TV para adolescentes que tem ótima audiência. Sua vida profissional vai bem, a pessoal, nem tanto. Divorciada de um ex-marido que não sai de sua casa (Jon Lovitz), ela vive com a filha pré-adolescente, Izzie (a irlandesa Saoirse Ronan, da série britânica "Proof").
Há anos, Rosie não tem um namorado. Até que redescobre a paixão com um jovem ator, Adam (Rudd), que vem fazer teste para um papel na série.
Rosie tem total consciência da cobrança da sociedade em casos como o seu. Ela sente isso na pele no dia em que aceita seu primeiro encontro com o novo namorado e os dois vão a uma balada. Na casa noturna, Rosie é olhada com desprezo pelas jovens presentes. Dentro de seu próprio escritório, sua secretária (Sarah Alexander) não perde uma chance de lembrar sua chefe de sua idade e tentar conquistar seu novo namorado.
A consciência de Rosie é representada pelas aparições da Mãe Natureza em pessoa, interpretada pela atriz britânica Tracey Ullman (que contracenou com Woody Allen em "Trapaceiros"). Toda vez que Rosie se entusiasma um pouco, ela aparece para lembrar-lhe que seu relógio biológico está em outro ritmo, funcionando quase sempre como uma desmancha-prazeres. Um obstáculo que, finalmente, a roteirista decide enfrentar.
