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Modigliani chega ao Masp

Exposição com obras do artista italiano percorre o país e chega reduzida a São Paulo. Mostra será montada no MON após a temporada paulistana

O quadro Madame G. van Muydenfaz parte do acervo do Masp e está na exposição Modigliani: Imagens de Uma Vida | João Musa / Divulgação
O quadro Madame G. van Muydenfaz parte do acervo do Masp e está na exposição Modigliani: Imagens de Uma Vida (Foto: João Musa / Divulgação)
Modigliani viveu na efervescente Paris na década de 20 |

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Modigliani viveu na efervescente Paris na década de 20

Uma mostra didática, Mo­­digliani: Imagens de Uma Vida, que abriu quinta-feira no Masp e era esperada como um destaque do Momento Itália-Brasil, chega a São Paulo reduzida. Em Vitória (ES), a exposição itinerante tinha 150 obras; no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de janeiro, 166 peças; e agora, na capital paulistana, apresenta 61 trabalhos, deles, apenas 11 pinturas do artista. São Paulo é justamente a cidade onde o pintor e escultor italiano Amedeo Modigliani (1884-1920), criador de importância no século 20, está representado em dois importantes acervos – no do próprio Masp, por seis quadros (apenas um está na mostra, o retrato de Madame G. van Muyden); e no do Museu de Arte Contemporânea da USP, por seu autorretrato, datado de 1919, que não foi emprestado para a exposição.

"Por causa do espaço que conseguimos no Masp a mostra ficou menor aqui", diz Olivio Guedes, diretor do Mu­­seu Brasileiro da Escultura e da Casa Modigliani em São Paulo e que assina a curadoria da exposição ao lado de Christian Parisot, presidente do Modigliani Institut Archives Légalés Paris-Ro­­ma. A exposição, preparada há dois anos, começou na China e depois chegou ao Brasil. Após a exibição no Masp, no espaço ao redor da galeria do subsolo da instituição, a mostra seguirá para o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.

Modigliani: Imagens de Uma Vida tem como cerne uma linha do tempo que apresenta a trajetória do artista, desde sua formação na Itália até o período áureo vivido por 14 anos em Paris, entre 1906 e até sua morte – tísico, era um homem de saúde frágil. Foi na capital francesa, num momento de efervescência artística e cultural e de encontro com criadores como Picasso, Max Jacob, Chaim Soutine e Moise Kisling – que Amedeo Modigliani criou seu estilo tão próprio. Em suas pinturas de retratos, sobre fundos neutros, as figuras, principalmente femininas, têm o pescoço longilíneo. O artista, assim, alongava a área que vai do corpo à cabeça de seus modelos – muitos, ilustres amigos –, o que se tornou sua marca. São famosos também seus nus e uma das maiores belezas de suas telas é a maneira como ele representa o olhar de quem retrata.

"Eu o considero um artista reducionista, que compreendeu a complexidade do mundo", afirma Guedes. A mostra traz 37 obras de Modigliani, entre pinturas, desenhos e esculturas, como trabalhos de mestres e amigos e até telas feitas por sua mulher, Jeanne Hébuterne, que se suicidou grávida depois da morte do artista. Há também cartas, diários e fotografias.

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