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Seto é tido como um dos pioneiros na produção de mangás no Brasil | Katie Muller/Gazeta do Povo
Seto é tido como um dos pioneiros na produção de mangás no Brasil| Foto: Katie Muller/Gazeta do Povo

Morreu na manhã de sábado (15) em Curitiba, o ilustrador e artista plástico Claudio Seto, um dos pioneiros na produção de mangás (quadrinhos japoneses) no Brasil. Seto tinha 64 anos e havia sido internado na sexta-feira (14), após sofrer um acidente vascular cerebral.

Nascido em Guaiçara, São Paulo, em 1944, Seto chegou a ser vereador e presidente da Câmara Municipal da cidade paulista e presidente do Conselho Municipal de Cultura do município. Mudou-se em 1975 para Curitiba, onde fez carreira na imprensa, trabalhando nos jornais Correio de Notícias e O Estado do Paraná, como ilustrador e chargista, além de atuar como redator, fotógrafo e editor do Jornal Nikkei.

Nas artes plásticas, suas obras sempre foram ligadas às raízes nipônicas. É tido como um dos introdutores do estilo mangá no Brasil. Conquistou diversos prêmios nacionais e internacionais. Participou de inúmeras exposições coletivas e individuais de artes plásticas, cartuns, fotografias e ilustrações no Brasil e de mostras de quadrinhos na Itália, França, Japão e Alemanha. Em 1988, Seto recebeu o prêmio Cidade de Curitiba em Jornalismo, concedido pela Câmara Municipal, pelos 80 anos da imigração japonesa.

Diretor do Departamento de Cultura da Sociedade Nipo-Brasileira de Curitiba, Seto coordenava a organização dos festivais Haru e Hana Matsuri, que acontecem anualmente na cidade e celebram, respectivamente, o nascimento de Buda e o início da primavera.

Em março de 2007, o artista recebeu o título de Cidadão Honorário de Curitiba em sessão solene no plenário da Câmara Municipal. Em junho deste ano, como parte das comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, lançou o livro Lendas Trazidas pelos Imigrantes do Japão, que reúne 15 das mais conhecidas lendas de sua terra natal que sobreviveram ao longo dos tempos por meio da cultura oral.

Seto era neto de Noriyasu Seto, um dos cinco imigrantes nipônicos que introduziu o bonsai no Brasil, na década de 30. Muitas pessoas o procuravam para se dedicar à criação das pequenas árvores como hobby.

O artista deixa esposa e três filhos. O velório acontece neste domingo (16) na Praça do Japão, no Batel, em Curitiba. O enterro está previsto para as 11 horas de segunda-feira (17), no Cemitério Paroquial Nova Orleans, na Rodovia do Café, quilômetro 4.

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