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Morre o guitarrista Celso Blues Boy

Músico carioca que dividiu palcos com Raul Seixas, Luiz Melodia e B.B. King lutava contra um câncer na garganta

Celso Blues Boy fez parte da Aero Blues, a primeira banda de blues do Brasil | Divulgação
Celso Blues Boy fez parte da Aero Blues, a primeira banda de blues do Brasil (Foto: Divulgação)

Morreu na manhã de ontem, por volta das 8 horas, o cantor, compositor e guitarrista Celso Ricardo Furtado de Carvalho, mais conhecido como Celso Blues Boy. Carioca radicado em Joinville (SC) há alguns anos, Celso lutava contra um câncer na garganta e tinha 56 anos.

VÍDEO: Assista a uma das músicas de Celso Blues Boy

Guitarrista virtuoso, reconhecido principalmente por mesclar elementos brasileiros ao blues, Celso Blues Boy foi considerado um dos 20 maiores guitarristas da história pela revista Backstage. Começou a carreira cedo, aos 17 anos, quando se juntou à banda de Raul Seixas, passando, a partir daí, a se apresentar com artistas de renome nacional, como Sá & Guarabyra, Renato e Seus Blue Caps e Luiz Melodia. Com um estilo característico de guitarra e uma inconfundível voz rouca, o músico declarou ter sido fortemente influenciado em sua carreira por Freddie King, Roy Buchnan, Eric Clapton, Rory Gallagher e B.B. King, com quem tocou em alguns festivais. Coescreveu suas primeiras composições com as bandas Legião Estrangeira e Aero Blues, considerado o primeiro grupo de blues do Brasil, responsável por iniciar a cena na boate carioca Apa Loosa, também a primeira do gênero no país, e atingiu o grande público com seu primeiro trabalho solo, o LP Som na Guitarra, de 1984, e com os posteriores sucessos, como "Tempos Difíceis", "Amor Vazio" e "Sempre Brilhará".

O guitarrista curitibano Paulo Teixeira, da banda Blindagem, lamentou a morte do amigo, com quem já dividiu os palcos: "Ele era um ‘bluezeiro’ de primeira qualidade, um músico excepcional e um compositor sem comparação." O músico visitou Celso ainda em fevereiro deste ano, em Joinville, e conta que havia um projeto, ainda na década de 70, de colocá-lo nos vocais da extinta banda curitibana A Chave, que contava com boa parte dos membros da Blindagem. O último trabalho do guitarrista carioca foi o disco Por um Monte de Cerveja, lançado em 2011.

A pedido do próprio Celso, o corpo foi encaminhado ao Crematório São José, em Blumenau, sem ser velado.

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