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O roteirista italiano Tonino Guerra, que divide com o diretor Federico Fellini a autoria de "Amarcord" (1973), morreu nesta quarta-feira (21), aos 92 anos, em sua cidade natal, Santarcangelo di Romagna, de acordo com uma nota divulgada pela prefeitura.

Ele recebeu três indicações ao Oscar, por "Amarcord", que levou o troféu de melhor filme estrangeiro, "Casanova 70" (1965), de Mario Monicelli, e "Blow-Up - Depois Daquele Beijo", de Michelangelo Antonioni, com quem Guerra desenvolveu uma longa parceria. Dentre os filmes que fizeram juntos estão os da trilogia da incomunicabilidade, "A Aventura" (1960), "A Noite" (1961) e "O Eclipse" (1962).

Outro parceiro do roteirista era o cineasta grego Theo Angelopoulos. Eles fizeram seis filmes juntos, incluindo "A Eternidade e Um Dia", que venceu Palma de Ouro, no Festival de Cinema de Cannes. Angelopoulos faleceu em janeiro, e Guerra escreveu um artigo para o jornal espanhol El Pais lamentando a morte. "Recebo a notícia do repentino falecimento do meu amigo nesses dias que me encontro mal: tenho 92 anos e a pouco mais de uma semana que fiz uma operação para tirar água dos pulmões", disse.

Em seu currículo, Guerra também acumulava a função de poeta e romancista. Durante a Segunda Guerra Mundial era professor, mas foi deportado para um campo de concentração, o que o impediu de lecionar, mas abriu as portas para a composição junto com os companheiros de prisão. Depois de ser libertado, voltou a estudar e concluiu mestrado onde defendeu uma tese sobre poesia. Entre as suas composições estão quatro obras em romagnolo, um dialeto italiano, e mais de dez livros.

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