
A tenda EcoMusic cheia, pulsando no ritmo contagiante de Pedro Luís e a Parede, Los Sebosos Postizos e Funk Como le Gusta; a surf music zen-riponga de Donavon Frankenreiter, contrastando com o sertanejo pop, pirotécnico e ultraproduzido de Victor & Leo; e a house music latejante do trio Life Is a Loop fora o vento e a garoa gelada. Esse foi o crème de la crème do primeiro dia de Lupaluna, na última sexta.
Claro que o LunaStage ainda teve a estreia da destemida Anacrônica e da meteórica Hevo84, além da enxurrada de hits do Skank, do rock confessional do Fresno e do reggae sossegado do Chimarruts. E que a EcoMusic também foi o cenário de outros shows interessantes, como o blues-rock do catarinense Felipe Harp, ex-gaitista da banda australiana Beautiful Girls. E que a pista EletroLuna ferveu com outras atrações, como Bibba Pacheco, Ricky Ryan e Life Is a Loop.
Mas se for para sintetizar mais ainda, o primeiro dia do Lupaluna foi a consagração da tenda EcoMusic e da performance grandiosa da dupla Victor & Leo, que atraiu o maior público da noite à pista do LunaStage. O fato é que mais uma vez o Lupaluna arrebatou corações e mentes.
O guitarrista curitibano Allan Yokohama (ex-Terminal Guadalupe), que estava perambulando pelo Bioparque, deu seu parecer sobre o festival: "Vim por causa da Anacrônica, do Pedro Luís e do Funk Como Le Gusta", confessou. "Mas eventos como este dão mais valor à nossa cena. Só acho que tinha que ter mais bandas locais."
Leandro Knopfholz, diretor-geral do Festival de Teatro de Curitiba, que estava no camarote, também era só elogios. "Está impecável, o festival evoluiu e o público começa a se acostumar com a ideia de que o Lupaluna veio para ficar", comentou. "Eu já estive em vários festivais ao redor do mundo e este aqui não deve nada para nenhum deles."



