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Música clássica na carona de sucessos da canção popular

Orquestra de Câmara Opus, de Minas Gerais, se apresenta com Daniela Mercury (hoje), Fafá de Belém (amanhã) e Derico (sexta-feira)

A Opus foi criada em 2006, em Minas Gerais, com o intuito de difundir a música orquestral | Divulgação
A Opus foi criada em 2006, em Minas Gerais, com o intuito de difundir a música orquestral (Foto: Divulgação)
Daniela Mercury canta hits como

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Daniela Mercury canta hits como

Entre os sucessos de Fafá de Belém apresentados com a Opus estão

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Entre os sucessos de Fafá de Belém apresentados com a Opus estão

O repertório apresentado com o saxofonista Derico inclui desde música clássica até o tema do filme Indiana Jones |

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O repertório apresentado com o saxofonista Derico inclui desde música clássica até o tema do filme Indiana Jones

A Orquestra de Câmara Opus, de Minas Gerais, faz três apresentações diferentes em Curitiba na segunda edição do projeto Estação Volvo, que começou no último dia 6. O grupo, formado em 2006 com o intuito de difundir a música orquestral, se apresenta com a cantora Daniela Mercury hoje, às 20h30 (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo), no Teatro Positivo. O show é inédito. Amanhã, no mesmo local, a convidada será Fafá de Belém (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo). Na sexta-feira, a orquestra se une ao saxofonista Derico Sciotti (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo) na Capela Santa Maria, com ingressos gratuitos.

As três apresentações reúnem músicas conhecidas em arranjos para orquestra. Os shows com Daniela Mercury e Fafá de Belém terão as canções mais conhecidas em suas vozes – os hits "O Canto da Cidade", "À Primeira Vista", "Nobre Vagabundo" e "Swing da Cor", no caso da cantora baiana; e "Foi Assim", "Memórias", "Meu Disfarce" e as religiosas "Ave Maria" e "Nossa Senhora", no caso de Fafá.

"Além das partes em que elas vão cantar, apresentamos números sozinhos, para mostrarmos um pouco da música orquestral", explica o maestro da Opus, Leonardo Cunha, que diz também privilegiar o protagonismo da orquestra nos arranjos que assina.

"Gosto que a orquestra participe de uma forma mais ativa, que não seja só uma ‘cama’ harmônica ao fundo, mas que tenha uma atuação mais efetiva nas melodias, nas frases", detalha Cunha. "Aproveitamos a força de um artista que leva muita gente ao teatro para mostrar como funciona a orquestra sozinha também", explica.

Grandiosidade

Em entrevista por e-mail para a Gazeta do Povo, a cantora Daniela Mercury elogia os resultados. "Tudo fica grandioso. As possibilidades de arranjos são infinitas. As músicas ganham arranjos novos e coloridos", diz Daniela, que destaca as releituras de "Paula e Bebeto" e "Ilê Pérola Negra (O Canto do Negro)". "Elas ganham vísceras. As melodias são muito bonitas e a orquestra as destaca ainda mais com suas cordas afinadíssimas, com sua vitalidade. A quantidade de instrumentos e os arranjos escritos para orquestra fazem essas canções se tornarem épicas, grandiosas."

O show com o saxofonista Derico – lembrado como músico de jazz e famoso por integrar a banda do Programa do Jô, da Rede Globo – representa bem o projeto da Opus. O repertório inclui desde "Dança dos Espíritos Abençoados" (da ópera Orfeu e Eurídice, do alemão Gluck) até o tema do filme Indiana Jones. "Tocamos Ernesto Nazareth, depois fazemos um mix de standards de jazz, cinema, Beatles, Tim Maia, Tom Jobim. A ideia é dar oportunidade para o público ouvir música orquestral, mas os temas são populares", diz Derico

Para Cunha, a abordagem é fundamental no projeto de democratização da música clássica, ainda que não seja sempre vista "com bons olhos". "Nós circulamos por todo o Brasil. Passamos por lugarejos por onde nunca havia passado uma orquestra antes", diz o maestro. "Trabalhar com o popular virou uma identidade nossa."

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