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SAMBA

Martinho da Vila faz show, lança livro e fala sobre racismo em Curitiba

Cantor celebra 100 anos do samba no Guairão, lança livro de ficção e faz palestra sobre racismo

Martinho da Vila: show, livro e palestra para os curitibanos. | Marcelo Correa/Divulgação
Martinho da Vila: show, livro e palestra para os curitibanos. (Foto: Marcelo Correa/Divulgação)

Cem anos de samba e setenta de Vila Isabel. Os dois aniversários são o mote do show que Marinho da Vila leva ao Teatro Guaíra nesta sexta-feira (3) às 21h.

Quanto ao aniversário da escola carioca onde Martinho se destacou como compositor a ponto de incorporá-la ao próprio nome, a Vila foi criada em 1946. Já sobre a idade do gênero que o embala desde que nasceu, há 78 anos, Martinho tem uma teoria.

Para ele, o samba não tem uma data precisa. Foi instituído o ano de 1916 porque é a data em que o samba foi registrado. “É como uma criança, enquanto você não registra não passa a contar idade”, afirma Martinho.

“Há quem ache que tinha que ser ano que vem, quando o samba foi gravado. Eu acho que temos que comemorar duas vezes”, brinca.

Aos curitibanos Martinho promete um show “alegre e descontraído”, dividido em duas partes. Na primeira, o músico passa em revista o centenário do samba, relembrando pioneiros como João da Baiana, Donga, clássicos de outros compositores e dele mesmo, como “Casa de Bamba” e “Pequeno Burguês”.

Na outra parte, vai se dedicar a mostrar o repertório de sambas-enredo que compôs para a escola de qual é o presidente de honra, como “Kizomba” e “A Vila Canta o Brasil...Festa no Arraiá”.

Livro

Em Curitiba, o sambista lança nesta quinta-feira (2) às 17h, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), seu novo livro, “Barras, Vilas & Amores”. Segundo o autor, o título mistura ficção e história para falar dos lugares e sentimentos que foram mais importantes na sua vida. “A cidade de Duas Barras é onde nasci, e a Barra da Tijuca, onde moro há dez anos. A vila que me deu tudo e os amores que inventei para permear a história”, explica.

No texto, o narrador reconta sua trajetória pelo Rio de Janeiro dos anos 1930 até os dias atuais. Do encontro de personagens ficcionais e reais (como Noel Rosa) surge um histórico da formação da identidade negra no país.

Martinho, já escreveu livros de vários gêneros. Destaque para os romances Os Lusófonos”, “Joana e Joanes, Um Romance Fluminense” e “Ópera Negra”.

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