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Referências de Maytê Corrêa são muitas, de Noel Rosa a Clara Nunes, passando por Dona Ivone Lara, Elizete Cardoso, Paulinho da Viola, Clementina de Jesus, Geraldo Pereira e a lista continua... | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Referências de Maytê Corrêa são muitas, de Noel Rosa a Clara Nunes, passando por Dona Ivone Lara, Elizete Cardoso, Paulinho da Viola, Clementina de Jesus, Geraldo Pereira e a lista continua...| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A cantora curitibana Maytê Corrêa faz duas apresentações no Teatro do Paiol nesta quarta e quinta-feira (dias 11 e 12), às 20h30.

Os shows darão origem ao primeiro DVD da sambista, que atualmente vive no Rio de Janeiro, para onde se mudou pela primeira vez em 2010.

Cantora foi ao Rio de Janeiro para beber direto da fonte

Maytê Corrêa conta que se mudou para o Rio de Janeiro para viver a cena carioca, com a qual já tinha contato – seu álbum de estreia tem parcerias com o compositor Alcino Correia, o Ratinho (1948-2010)

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Acompanhada por músicos curitibanos e cariocas, a artista vai repassar canções que gravou em seu primeiro álbum, “Deixa o Samba Ir”, lançado em 2011.

Raízes

Cantora de voz grave e de atenção voltada para as raízes afro-brasileiras do samba, Maytê interpreta composições contemporâneas, incluindo suas próprias, usando a sonoridade tradicional das rodas e evocando ritmos antigos como o jongo (em “Jongo Rasteiro”, do carioca Abel Luiz) e o ijexá (em “Eu Sou da Lua”, composição de Márcio Mania, de Curitiba).

“Vou estar no palco para mostrar a questão da raiz do samba e transportar o público para esse universo brasileiro”, conta Maytê, em entrevista para a Gazeta do Povo. “Mesmo que muito carioca, o samba tem o Brasil em sua essência. Essa mestiçagem é um valor muito bonito e autêntico do Brasil.”

Os arranjos são do músico e compositor Abel Luiz, que toca instrumentos como cavaquinho, bandolim e viola no show, ao lado de Julião Boêmio (cavaquinho), Vinícius Chamorro (violão 7 cordas) e dos percussionistas Paulo Marins, Jorge Alexandre, Panelão e Arthur Cipriani.

Para esta apresentação, a artista também conta com os sopros de Sérgio Coelho (flauta) e Marcela Zanette (flauta) e com as vozes de Juliana Cortes e Renata Melão.

“É uma mistura parecida à que aconteceu no CD, que gravei aqui, fazendo uma ponte com o pessoal do Rio”, diz Maytê.

Homenagens

Além das músicas do disco de 2011, que já tem um sucessor previsto para 2016, a cantora incluiu nas apresentações do Paiol uma homenagem a Dona Ivone Lara.

A cantora e compositora carioca é uma das principais referências de Maytê, que também cita influências que vão de Noel Rosa a Clara Nunes, passando por Elizete Cardoso, Paulinho da Viola, Clementina de Jesus, Geraldo Pereira e mais uma lista que a curitibana não consegue concluir.

De Dona Ivone, Maytê vai interpretar a canção “Nasci pra Sonhar e Cantar”.

Maytê Corrêa – Gravação do DVD “Deixa o Samba Ir”

Teatro do Paiol (Lgo. Guido Viaro, sem número), (41) 3213-1340. Dias 11 e 12, às 20h30. R$20 e R$10 (meia-entrada). Sujeito à lotação.

“Ela é uma mulher forte, guerreira. Foi a primeira mulher a ser aceita em escola de samba, e abriu caminhos para outras sambistas”, conta.

Entre as inéditas incluídas por Maytê no show está uma parceria póstuma da cantora com o pai, Raul José Corrêa, morto em 1992.

“Quando estava doente e não conseguia mais escrever, ele pediu que eu e minha mãe anotássemos uma poesia, que desde então ficou guardada. No ano passado, acordei com uma melodia na cabeça para esses versos. E saiu como samba”, conta Maytê. “Quando ele escreveu, não imaginou que viraria música. Ela nasceu de maneira bem espontânea. Difícil vai ser contar essa história no show sem chorar.”

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