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Você pode não gostar de Richard Clayderman, mas sua mãe gosta. Confira entrevista

Ícone da música suave, pianista toca em Curitiba no próximo dia 25 e diz que se diverte com críticas ao seu estilo

O pianista e “bom-moço” Richard Clayderman: além do elevador.. | /Divulgação
O pianista e “bom-moço” Richard Clayderman: além do elevador.. (Foto: /Divulgação)

O pianista Richard Clayderman diz que não é justo chamar seu estilo de tocar de “muzak” ou “música de elevador”.

“Por muitos anos, muitos críticos classificaram minha música assim, mas saiba que na maioria dos elevadores do mundo não há música, o que é uma pena”, afirma.

Bem humorado, ele diz que o tipo de música que faz também é sucesso em consultórios médicos, aeroportos, repartições públicas, esperas telefônicas e ainda toca muito em rádios e nas casas em cujas prateleiras estão os milhões de discos vendidos por ele, desde que começou sua carreira em 1977.

Para Clayderman, um elevador é um local tão nobre quanto outro para ouvir música.

“Há alguns dias eu estava em um elevador e estava tocando Beatles. Para mim foi um grande prazer ouvir Beatles do térreo até o 22º andar”.

O pianista francês vem a Curitiba para uma única apresentação no dia 25 de agosto. Esta é sua a oitava turnê brasileira.

O “príncipe do romance”, apelido dado a Clayderman pela ex-primeira-dama americana Nancy Reagan conta que o repertório de seu concerto terá seus grandes sucessos como “Ballade Pour Adeline” e “L for Love”, entre outros.

Clayderman também vai interpretar temas e trilhas sonoras de filmes. “O cinema sempre foi uma inspiração para compositores. Eu sei que o público daí vai apreciar”.

O músico aproveitou a conversa para rebater outra critica recorrente a seu trabalho: a de que desvirtua peças clássicas com arranjos pop, supostamente de mau gosto.

“Eu não sou um pianista clássico e nunca fingi ser um. Eu gravei alguns temas clássicos sim, mas sempre dentro de meu estilo próprio. E apesar dos arranjos eu sempre respeitei a parte original do piano”, defende-se. “Sou apenas um pianista fazendo minha própria música, que não tem nada a ver com música clássica”.

Bom moço

Clayderman foi um dos grandes vendedores de discos durante a era em quem o mercado funcionava em torno deles. Porém, ele já deu declarações contra os novos processos de distribuição de música. Hoje, o francês assume uma postura mais moderada.

“Há novas gerações de cantores de grande qualidade, homens e mulheres. Quando escuto rádio, eu sempre escuto muito boas canções. Assim, mesmo que as pessoas estejam mais preocupadas com seus Iphones do que estavam com seus walkman há trinta anos, acho que a musica ainda tem futuro por que é impossível viver sem música. Musica é algo eterno”.

O pianista também disse que gosta de cultivar sua fama de bom moço. “Eu acho que estou mais para bom moço do que para “bad boy”. Nunca fumei, nunca usei drogas, nunca bebo vinho ou qualquer tipo de álcool. Gosta da vida pacata e, honestamente, não me vejo como uma pessoa ruim. Sou apenas um bom pianista, um bom garoto apaixonado por seu piano”.

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