
Um conto de fadas em 3D. Este é o diferencial do musical A Bela e a Fera, produção nacional inspirada no estilo consagrado pela Broadway, que passa por Curitiba em julho deste ano. Com óculos especiais, a plateia vai "mergulhar" na fantasia da clássica história com imagens projetadas durante o espetáculo, segundo o diretor e produtor do musical Billy Bond. "Nós vestimos a mesma história, porém com outros atrativos", disse.
Para ele, a história escrita por Jeanne Marie Leprince, em 1748, precisou ganhar ares de tecnologia para acompanhar o ritmo das crianças de hoje. "Essa é uma ideia especialmente para o público infantil", afirmou.
Com adaptação do texto e das canções para o português, Bond disse que a produção não é uma franquia da Broadway, nem da Disney. "Somos Brasil, não somos Broadway. Imagino que esta seria a história que Marie Leprince gostaria de ver nos palcos", completou.
O ator Ivan Parente, que interpreta a Fera, em entrevista por telefone à Gazeta do Povo, nesta manhã, disse que, além de divertir, o musical faz o público pensar em valores da sociedade. "Queremos mostrar como nós julgamos algumas questões, como o que é feio ou o que é belo". Parente afirmou que há muito mais para ser pensado e mostrado por baixo da pele do monstro que se esconde um príncipe. "Apesar da monstruosidade e do mau humor, a Fera tem um bom coração."
Bond contou ainda que a tecnologia 3D será misturada com números de ilusionismo no palco. O diretor disse que as pessoas vão ver xícaras voando pelas mãos da Bela, além de outras surpresas com as personagens. O ápice do espetáculo, no entanto, fica na transformação da Fera em príncipe. "Só posso falar que é algo que todos vão gostar. E que dura apenas sete segundos", afirmou.
O diretor ainda disse que a peça não é apenas para as crianças, apesar do apelo infantil. "É uma peça para a família toda". Ele afirmou que há tantos elementos durante o espetáculo que cada pessoa vai ver uma coisa. "A criança vai olhar para a Bela e a Fera, enquanto o adulto vai se focar na música, na interpretação dos atores".
Peça
Com 200 profissionais envolvidos na montagem, 22 atores, que se revezam entre 40 personagens, 180 figurinos, cinco cenários giratórios, cinco telões, 15 trocas de palco e 10 toneladas de equipamento, a superprodução custou cerca de R$ 3,5 milhões. Após temporada em São Paulo, em junho, a peça passa por Curitiba nos dias 3 e 4 de julho. Depois a turnê segue para o Rio de Janeiro e mais 33 cidades, incluindo os países Portugal, Chile e Argentina.





