
A sexta edição do festival de música e mobilidade urbana Musicletada acontece neste sábado (26) e domingo (27), a partir das 10 horas, na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico.
Feito com apoio da lei do mecenato municipal, o evento chega a 2015 com uma estrutura maior, que vai contar com área de convivência, feira e serviço de food trucks, e com uma programação que destaca artistas de Curitiba com discos lançados no último ano ou prestes a sair.
É o caso dos grupos Escambau e Charme Chulo, que lançaram álbuns no último trimestre de 2014; das bandas Gentileza e Lemoskine, cujos novos trabalhos saíram em julho deste ano; e da Confraria da Costa, que lança em novembro o seu terceiro álbum, “Motim”.
“Tivemos o cuidado de trazer principalmente artistas com trabalhos inéditos ou com discos que ainda tiveram poucos shows na cidade”, conta Bernardo Bravo, um dos membros da equipe que organiza o festival.
“E como é um projeto que aprovamos pela Lei do Mecenato, conseguimos pensar em mais detalhes e renovar a estrutura também, que vai estar mais confortável”, diz o músico, que também integra a Orquestra Friorenta – grupo formado por músicos de Curitiba para apresentar canções daqui em ritmos tradicionais do Norte e do Sul (pulando os estilos do Nordeste e do Sudeste, já mais arraigados na música brasileira).
Além de atividades como ioga e oficinas ligadas ao meio ambiente e à mobilidade, o festival também recebe a quinta etapa do Circuito CWB de Rimas, um campeonato de batalhas de MCs (que tem mais três etapas até a final, prevista para o dia 7 de novembro, nas Ruínas de São Francisco).
O hip-hop, explica Bravo, é uma das cenas que a organização da Musicletada quer aproximar do festival ao longo das próximas edições. “Como a gente é da música brasileira, não tínhamos uma ligação forte com eles. A ideia era abrir uma linha estética do festival e não fazer um evento só de rock”, conta. “No ano que vem queremos trazer mais estilos, para que fique mais múltiplo mesmo”, diz.
A proximidade dos artistas com as ideias e debates da Musicletada também acaba sendo uma das características do evento. Mas é menos um critério da curadoria do que um resultado espontâneo do histórico do evento, de acordo com Bravo.
“Reunimos pessoas a fim de discutir e estar junto, que gostam de conversar sobre mobilidade na cidade, meio ambiente, sustentabilidade. É uma galera que já nos acompanha há bastante tempo, e que só foi aumentando desde a primeira Musicletada, há cinco anos atrás. Mas não é uma condição”, explica.



