
Dentro da variada programação oferecida pela Oficina de Música, agora em sua etapa popular, uma das mais "multiartísticas" acontece hoje, às 14 horas, no Sesc Paço da Liberdade. Ali, o músico Gabriel Schwartz fala sobre a composição da trilha musical para a peça Oxigênio, que estreou em 2010 pela Cia. Brasileira de Teatro.
No espetáculo, Schwartz, que integra o Trio Quintina, está em cena, toca guitarra e canta, além de ter orientado a execução musical dos dois atores (Patrícia Kamis, na bateria, e Rodrigo Bolzan, no baixo e vocal).
Para criar o som da peça, que adapta um texto do russo Ivan Viripaev, o músico recebeu poucas instruções do diretor Marcio Abreu: o rock pós-punk da banda inglesa Joy Division (1976-1980) e uma coreografia que o vocalista Ian Curtis fazia no palco, chamada "dança epilética" (o roqueiro sofria de ataques da doença).
A partir dessa "encomenda", foram criados dois temas musicais, que se repetem ao longo do espetáculo. "Muita coisa foi feita nos ensaios, a partir de ideias do diretor e dos atores, que ensinei a tocar um pouco dos instrumentos", contou o músico à Gazeta do Povo.
Além de proferir a palestra, Schwartz aproveita para lançar o CD Oxigênio Trilha Sonora Original, gravado graças à arrecadação de cerca de R$ 10 mil pelo site de crowdfunding (financiado pelos fãs) Catarse, ou seja, mais do que a meta de R$ 9 mil.
As "recompensas" prometidas aos doadores eram uma festa, já realizada, e o lançamento de dois videoclipes. O primeiro, "Rap dos Cogumelos", está disponível no YouTube. O segundo será lançado durante a palestra de hoje, com a música tema da peça, "Oxigênio".
Outro brinde da programação será uma comparação entre a sonoridade da versão da Cia. Brasileira e a de um filme russo. "A nossa é totalmente diferente. Fizemos a execução ao vivo e transformei os arranjos para gravar o CD em estúdio", diz Schwartz.
Em dezembro, o elenco original, incluindo Schwartz, apresentou a peça em Lisboa. Depois, o músico seguiu para cidades como Madri e Paris apresentando shows.



