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Sintonia Fina

Na Forma da Lei tem inspiração americana

Luana Piovani e Ana Paula Arósio: agentes da lei unidas para fazer justiça | TV Globo / Márcio de Souza
Luana Piovani e Ana Paula Arósio: agentes da lei unidas para fazer justiça (Foto: TV Globo / Márcio de Souza)

Uma semana depois de a série Força-Tarefa, vitoriosa produção escrita por Marçal Aquino e Fernando Bonassi, encerrar sua segunda temporada, a Globo lançou nesta semana uma nova atração policial, Na Forma da Lei, que tem tudo para emplacar.

Ao contrário do seriado estrelado por Murilo Benício, que investia em um registro bem brasileiro, descrevendo os bastidores da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Na Forma da Lei parece seguir um modelo mais próximo de programas norte-americanos, como Law and Order e seus derivados.

A premissa é interessante: um grupo de amigos, muitos deles estudantes de Direito, vê um de seus integrantes ser morto pelo filho (Márcio Garcia) de um senador da República (o curitibano Luís Melo, muito bem no papel). O rapaz não é punido pelo crime, para a revolta dos companheiros. Anos mais tarde, o playboy volta a cometer um crime e eles veem a chance de ver a justiça finalmente ser feita.

Luana Piovani, fugindo do estereotipo de "mulherão sexy" que a persegue, vive uma das amigas com sede de vingança. Agora ela é delegada da Polícia Federal. Não mostra o corpo e abre mão de maquiagem. Está convincente. Ana Paula Arósio, dramática com sempre, é a "viúva" do rapaz, que agora é promotora e também enxerga no novo delito a oportunidade de colocar o rapaz atrás das grades.

Sob a direção de Wolf Maia, Na Forma da Lei é muito bem produzido, não há duvida, mas padece de certa falta de autenticidade, tanto na trama quanto nos diálogos não muito naturalistas e marcados por clichês. Muitas das situações parecem forçadas, como o fato de o motorista do senador, filho bastardo do político, as­­sumir a autoria do crime para safar o meio-irmão e, depois, se enforcar na cela.

Mas, graças ao elenco estelar, e ao requinte técnico da produção, é bem possível que a série, evidentemente mais popular do que Força-Tarefa, faça sucesso. Se os autores perceberem que podem conseguir melhor resultado com mais sutileza e menos chavões, pode ser que tenham um sucesso de audiência nas mãos.

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