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Em reportagem publicada neste domingo (14), o jornal americano "The New York Times" contextualiza o impacto do filme Tropa de Elite na opinião de moradores do Rio de Janeiro e destaca a violência do BOPE (Batalhão de Operações Especiais). "O filme tem feito muitos brasileiros refletirem sobre qual o nível de violência aceitável por parte da polícia, especialmente no Rio, uma cidade com taxa de homicídio mais de seis vezes superior à de Nova York", afirma o texto.

O jornal ressalta o comportamento violento do BOPE no filme, comparando policiais e traficantes. "A tortura é apresentada no filme como um fato cotidiano da violência urbana no Brasil, em que policiais e traficantes competem no quesito brutalidade", explica o jornal.

População divididaEntrevistada pelo NYT, Antônia Dalva de Souza, moradora da favela Vila Cruzeiro, disse que suspeita que o tiro que matou sua filha Joyce, em 1995, tenha sido disparado pela polícia. Já Aletea de Souza, professora de ginástica, disse à reportagem que o personagem Capitão Nascimento, interpretado por Wagner Moura, transmite segurança às classes alta e média no Brasil. "Eu não diria que ele é um herói, mas ele é um meio-termo entre o bem e o mal", afirmou.

A reportagem compara o protagonista de Tropa de Elite com Jack Bauer, herói do seriado "24 Horas". Bauer lida com ameaças terroristas, e Nascimento tem dificuldade em separar o trabalho da vida familiar. "Ambos são homens com problemas", define o jornal.

O NYT conversou também com Rodrigo Pimentel, ex-policial do BOPE que participou da operação retratada no filme, que aconteceu em 1997. "A polícia esqueceu sua principal missão. Não estávamos lá para servir e proteger. Era só uma guerra particular contra os traficantes de droga."

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