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Cinema

No novo filme da Disney, "Operação Big Hero", tudo fica bem

Mundo da alta tecnologia é cenário para nova animação da Disney, Operação Big Hero, sobre um grupo de nerds que luta contra o mal

Aquele abraço: Baymax dá um carinho para Hiro | Disney/Divulgação
Aquele abraço: Baymax dá um carinho para Hiro (Foto: Disney/Divulgação)
Cachorrinho que protagoniza O Banquete,de apenas seis minutos, exibido antes de Operação Big Hero |

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Cachorrinho que protagoniza O Banquete,de apenas seis minutos, exibido antes de Operação Big Hero

"É o novo filme da Disney." Houve um tempo em que essas palavras bastavam para convencer muita gente a sair de casa e ir ao cinema. Nem sequer era preciso conhecer a sinopse – se era Disney, bastava.

Operação Big Hero é o novo filme da Disney.

Hoje talvez não seja tão simples. A concorrência aumentou muito e outras produtoras passaram a fazer animações de qualidade, dentro e fora dos EUA. O "fora" se refere, principalmente, ao estúdio japonês Ghibli, de Hayao Miyazaki, diretor de A Viagem de Chihiro (2001). Em território americano, a Pixar era a maior concorrente da Disney.

Depois de comprar a Pixar em 2006 e ganhar o Oscar no ano passado com Frozen, o estúdio criado por Walt Disney, sinônimo de entretenimento "para a família", mostrou ainda ter poder de fogo. Operação Big Hero deve confirmar o bom momento.

A animação se baseia em personagens menores criados pela editora Marvel – aliás, também comprada pela Disney. Em vez dos homens-aranhas e hulks, um grupo de jovens nerds veste roupas equipadas com traquitanas espetaculares e luta contra um sujeito que ninguém sabe exatamente quem é e o que quer até o último terço do filme.

A trupe é liderada por Hiro Hamada. O jovem gênio quer entrar na escola de cientistas de que faz parte o irmão, Tadashi, e desenvolve o projeto de um microrrobô – pequenas peças inteligentes de metal que, aos milhares, formam virtualmente qualquer coisa.

Um acidente durante a feira de ciências cria a situação para que os microrrobôs caiam nas mãos erradas e Hiro tem então que recuperar sua invenção com a ajuda de colegas cientistas e de Baymax, um robô criado por Tadashi.

Baymax é a melhor coisa do filme. Ele foi pensado como um "agente de saúde" e, toda vez que alguém diz "ai", é ativado. Guardado numa maleta, a figura se infla até ficar do tamanho de um lutador de sumô de fala macia, equipado com todo tipo de item médico. Ao entrar para o grupo de seis heróis, Baymax ganha uma armadura e uma programação que o habilita a dar golpes marciais.

Você sabe como esses filmes funcionam e sabe como eles terminam. Alguém já disse antes – falando de comédias românticas – que a diversão está no percurso que eles oferecem. O percurso em Operação Big Hero é divertido.

Ah, e se estiver assistindo numa sala 3D, vai perceber o "momento voo" da história e o "momento fragmentos voando no ar" que já viraram rotina em produções tridimensionais.

Correndo o risco de parecer razinza, uma coisa me incomodou no filme: o excesso de explicação. A história não deixa nada para você elaborar. Fatos sombrios ganham explicações ensolaradas. Todo mundo tem motivos claros (e óbvios) que inspiram suas ações. Tudo fica insanamente bem no final.

O filme toma decisões ousadas na primeira metade da história, mas foge delas na segunda. Até Bambi (1942) é mais barra-pesada que Operação Big Hero.

Baymax

Robozão simpático que funciona como um agente médico, Baymax parece um lutador de sumô, mas teve seus movimentos inspirados em filhotes de pinguins. Num dos melhores momentos do filme, ele aprende a cumprimentar dando um soquinho na mão de outro personagem. É o "soco-bate".

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