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Aquele abraço: Baymax dá um carinho para Hiro | Disney/Divulgação
Aquele abraço: Baymax dá um carinho para Hiro| Foto: Disney/Divulgação

Animação

Curta-metragem narra história do ponto de vista de um cachorro

A Pixar sempre coloca curtas-metragens acompanhando os longas-metragens que produz. E não era difícil o curta marcar a memória mais do que o longa. Assim muita gente se lembra do velhinho que joga xadrez consigo mesmo (antes de Vida de Inseto) ou da banda de um homem só (antes de Carros). A Disney, depois de comprar a Pixar, passou a respeitar a tradição e exibe O Banquete, de seis minutos, antes de Operação Big Hero. O filminho retrata a vida amorosa de um homem, mas do ponto de vista do cachorrinho que ele adota. O animalzinho (e não dá para escapar dos diminutivos – veja a foto acima) fica fascinado pelas comidas que o homem oferece para ele: batata frita, pizza, salgadinhos, todo tipo de porcaria. Pelo cardápio, dá para supor que o homem é solteiro. Quando ele arranja uma namorada, as opções mudam. E de repente o cachorrinho também tem de comer vegetais e legumes (o que ele abomina).

A história evolui. Coisas tristes e felizes acontecem. O fim é absolutamente genial.

Opinião

Robô-médico é uma das coisas mais legais

Francisco Baptista, de 9 anos, especial para a Gazeta do Povo

Operação Big Hero é muito legal. Gostei do filme porque ele tem piadas e ação. E envolve um robô-médico, chamado Baymax, que cuida das pessoas.

Quando você fala "ai", ele é ativado e te escaneia, pergunta qual é o nível da tua dor e te ajuda.

Se você raspar o braço ou esfolar, ele vai dar um spray antibacteriano e alguma coisa para passar a dor. E quando você falar que está se sentindo melhor, ele desliga.

Baymax é uma das coisas mais legais do filme. E eu gosto de robôs.

Outra coisa são os microrrobôs. Tem um controle que você encaixa na testa e o que você imaginar, eles fazem. São robôs pequenininhos, que parecem uns legos, que se encaixam e formam o que você quiser.

Quem inventou o robô Baymax foi o Tadashi Hamada, irmão mais velho de Hiro, personagem principal do filme.

O Tadashi estuda em uma escola boa para gênios. E Hiro quer entrar na escola. Tadashi ajuda o irmão falando que ele tem que construir algo incrível para impressionar o professor da escola. Nisso, Hiro constrói os microrrobôs.

Acontece um incêndio na escola e esse professor está lá dentro. Tadashi entra na escola e tenta ajudar o professor.

Uma coisa acontece e Hiro fica triste. Nem comer direito, ele come.

Daí ele descobre quem foi que causou o incêndio na escola (foi alguém que queria roubar os microrrobôs).

Hiro também é um gênio e Tadashi tinha vários amigos, todos gênios. Hiro cria armaduras para cada um deles. E para Baymax. Porque Hiro e sua equipe querem pegar o vilão.

Não vou entregar a história. Vou deixar um pouco de suspense.

Só vou contar que, no fim, Hiro faz uma coisa bem legal para Baymax.

  • Cachorrinho que protagoniza O Banquete,de apenas seis minutos, exibido antes de Operação Big Hero

"É o novo filme da Disney." Houve um tempo em que essas palavras bastavam para convencer muita gente a sair de casa e ir ao cinema. Nem sequer era preciso conhecer a sinopse – se era Disney, bastava.

Operação Big Hero é o novo filme da Disney.

Hoje talvez não seja tão simples. A concorrência aumentou muito e outras produtoras passaram a fazer animações de qualidade, dentro e fora dos EUA. O "fora" se refere, principalmente, ao estúdio japonês Ghibli, de Hayao Miyazaki, diretor de A Viagem de Chihiro (2001). Em território americano, a Pixar era a maior concorrente da Disney.

Depois de comprar a Pixar em 2006 e ganhar o Oscar no ano passado com Frozen, o estúdio criado por Walt Disney, sinônimo de entretenimento "para a família", mostrou ainda ter poder de fogo. Operação Big Hero deve confirmar o bom momento.

A animação se baseia em personagens menores criados pela editora Marvel – aliás, também comprada pela Disney. Em vez dos homens-aranhas e hulks, um grupo de jovens nerds veste roupas equipadas com traquitanas espetaculares e luta contra um sujeito que ninguém sabe exatamente quem é e o que quer até o último terço do filme.

A trupe é liderada por Hiro Hamada. O jovem gênio quer entrar na escola de cientistas de que faz parte o irmão, Tadashi, e desenvolve o projeto de um microrrobô – pequenas peças inteligentes de metal que, aos milhares, formam virtualmente qualquer coisa.

Um acidente durante a feira de ciências cria a situação para que os microrrobôs caiam nas mãos erradas e Hiro tem então que recuperar sua invenção com a ajuda de colegas cientistas e de Baymax, um robô criado por Tadashi.

Baymax é a melhor coisa do filme. Ele foi pensado como um "agente de saúde" e, toda vez que alguém diz "ai", é ativado. Guardado numa maleta, a figura se infla até ficar do tamanho de um lutador de sumô de fala macia, equipado com todo tipo de item médico. Ao entrar para o grupo de seis heróis, Baymax ganha uma armadura e uma programação que o habilita a dar golpes marciais.

Você sabe como esses filmes funcionam e sabe como eles terminam. Alguém já disse antes – falando de comédias românticas – que a diversão está no percurso que eles oferecem. O percurso em Operação Big Hero é divertido.

Ah, e se estiver assistindo numa sala 3D, vai perceber o "momento voo" da história e o "momento fragmentos voando no ar" que já viraram rotina em produções tridimensionais.

Correndo o risco de parecer razinza, uma coisa me incomodou no filme: o excesso de explicação. A história não deixa nada para você elaborar. Fatos sombrios ganham explicações ensolaradas. Todo mundo tem motivos claros (e óbvios) que inspiram suas ações. Tudo fica insanamente bem no final.

O filme toma decisões ousadas na primeira metade da história, mas foge delas na segunda. Até Bambi (1942) é mais barra-pesada que Operação Big Hero.

Baymax

Robozão simpático que funciona como um agente médico, Baymax parece um lutador de sumô, mas teve seus movimentos inspirados em filhotes de pinguins. Num dos melhores momentos do filme, ele aprende a cumprimentar dando um soquinho na mão de outro personagem. É o "soco-bate".

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