
Quando os primeiros acordes de "Moonchild" abrirem o show do Iron Maiden, hoje à noite, no BioParque, o público já saberá o que o espera nas duas horas seguintes (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo). A banda, considerada a linha de frente de toda a "nova onda do heavy metal britânico", vai transportar a plateia para o final da década de 1980, época do auge da popularidade do grupo inglês.
A turnê Maiden England que o Iron traz a Curitiba é baseada na turnê Seventh Son of a Seventh Son, de 1988. No repertório do show (basicamente o mesmo apresentado no último domingo, quando a banda fechou o Rock in Rio), cerca de 20 clássicos para fazer a plateia cantar em uníssono todos coros e os solfejos dos riffs de guitarra.
As apresentações do Iron Maiden sempre envolvem mais do que apenas música: em meio à saraivada de hits, explosões de fumaça, fogos de artifício e um estranho ritual de metempsicose, com todas as encarnações de Eddie, o monstro símbolo do grupo.
O Iron Maiden dará ao público o pacote completo e à prova de falhas da banda, que se apresenta pela quinta vez na cidade, para alegria da imensa legião de fãs curitibanos e de todo o estado.
Os ingleses já se apresentaram no estádio Couto Pereira, na Pedreira Paulo Leminski e a última no Expotrade, em Pinhais, em 2011. O último show na Pedreira, em 2008, foi eternizada no DVD Flight 666, dirigido pelo criador, baixista, principal compositor e diretor de vídeos da banda, Steve Harris.
Único integrante que participa do Iron Maiden desde o início da banda, em 1975, Harris contou por telefone à Gazeta do Povo como é voltar para o Brasil e para Curitiba depois de todos esses anos.
"Sem exagero, esses shows no Brasil são muito importantes para nós. O Iron Maiden tem uma história de muitos anos no Brasil. O público é sempre fantástico", disse. "Todos os quatro shows que fizemos aí [em Curitiba] foram excelentes. Lembro em especial daquele lugar incrível [a Pedreira Paulo Leminski]. Para este show [de hoje à noite], a expectativa é que aconteça algo parecido", afirmou.
Harris faz as contas e nota que fazem 40 anos que ele decidiu trocar a carreira de desenhista arquitetônico para fundar uma banda de
rock. "Não tenho nenhum remorso. Eu me diverti muito em cada um destes dias. [Tocar no Iron Maiden] é o melhor trabalho do mundo."
Slayer
Ícone do "thrash metal" mundial, gênero que ajudaram a criar e a espalhar pelo planeta desde 1981, aos californianos do Slayer caberá à missão de esquentar a plateia antes do show do Iron Maiden.
A julgar pela apresentação no Rock in Rio, no último domingo, a banda deve apresentar parte de seus clássicos da carreira de mais de três décadas, como "Mandatory Suicide", "Raining Blood" e "Angel of Death" e outros petardos furiosos.
No meio do show no Rio, o telão do palco parou de mostrar a banda ao vivo e passou a exibir imagens antigas e filmes do guitarrista da banda Jeff Hanneman, morto em maio, aos 49 anos, de problemas hepáticos. Até o bandeirão com o símbolo da banda também foi substituído por um com o nome de Jeff. O Slayer toca em Curitiba pela segunda vez. A primeira foi em 2011.
O primeiro show da noite será do Ghost, banda sueca que faz um som que é uma mistura de metal com letras baseadas no ocultismo.




