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O ano dos documentários

41.º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro abre hoje com a exibição de cópia restaurada do filme S. Bernardo (1972), de Leon Hirszman

Othon Bastos, ao centro, é o protagonista de S. Bernardo, de Leon Hirszman | Fotos: Divulgação
Othon Bastos, ao centro, é o protagonista de S. Bernardo, de Leon Hirszman (Foto: Fotos: Divulgação)
Bernardet: fobias |

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Bernardet: fobias

Ñande Guarani: dificuldades dos índios |

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Ñande Guarani: dificuldades dos índios

À Margem do Lixo fecha trilogia |

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À Margem do Lixo fecha trilogia

Dominguinhos: pelo país da sanfona |

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Dominguinhos: pelo país da sanfona

Siri-Ará: encontros nos sertões |

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Siri-Ará: encontros nos sertões

Geraldo Sarno: filme auto-referencial |

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Geraldo Sarno: filme auto-referencial

O cinema documental predomina no 41º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que abre hoje à noite com a exibição de cópia restaurada de um clássico nacional, o longa-metragem S. Bernardo (1972), de Leon Hirszman, baseado no romance homônimo de Graciliano Ramos.

De 19 a 24 de novembro, serão realizadas as mostras competitivas com seis longas-metragens e 12 curtas-metragens, na categoria 35 mm; e 34 títulos em 16mm. Lance Maior (1968), de Sylvio Back, rodado em Curitiba com Regina Duarte e Reginaldo Faria, encerra a programação no dia 25, após a premiação.

Dos longas-metragens em 35 mm, apenas dois são de ficção: FilmeFobia, de Kiko Goifman, e Siri-Ará, de Resemberg Cariry. O primeiro, que teve première internacional no 61º Festival Internacional de Locarno este ano, tem como protagonista o estudioso de cinema brasileiro Jean-Claude Bernardet. Ele encarna o diretor de um falso documentário que nunca chega ao fim, do qual o filme de Goifman é o making of. O diretor Jean-Claude deseja colocar o ser humano em contato com suas próprias fobias. Para isso, o elenco enfrenta situações de medo relacionadas a aranhas, avião, cobras, agulhas, pombos, entre outras.

Siri-Ará é uma espécie de reflexão sobre os diferentes "mundos" que marcam a invenção da nação brasileira. Cioran é um mestiço que, após um exílio na França, volta ao sertão em busca de suas origens. Em sua expedição, guiado por uma velha índia, depara-se com guerreiros, índios tocando pífanos e grupos de folguedos populares.

Entre os documentários, À Margem do Lixo, de Evaldo Mocarzel, revela a rotina dos catadores de papel da cidade de São Paulo. O filme é a terceira parte de uma trilogia iniciada com À Margem da Imagem (2001), um retrato da vida dos moradores de rua; e À Margem do Concreto (2005), premiado pelo júri popular no Festival de Brasília na categoria de melhor filme e que aborda a realidade dos cidadãos sem-teto.

Ñande Guarani, de André Luís da Cunha, retrata as dificuldades vividas pelos índios guaranis no Brasil e em países como Bolívia, Paraguai e Argentina, em sua luta pelo reconhecimento de seu território e a demarcação de suas terras. Em O Milagre de Santa Luzia, de Sergio Roizenblit, o sanfoneiro Dominguinhos empreende uma viagem na boléia de sua caminhonete pelas regiões do país onde a sanfona ganhou destaque, do Nordeste ao Rio Grande do Sul. Pelo caminho, ele conversa e toca o instrumento com músicos como Sivuca, Renato Borguetti, Patativa do Assaré, entre muitos outros.

O diretor de Viramundo (1964), Geraldo Sarno, mistura documentário e ficção para realizar Tudo Isto Me Parece um Sonho – Anotações para a Realização de um Filme Inspirado na Vida do General José Ignácio de Abreu e Lima. O pernambucano lutou ao lado de Simon Bolívar nas batalhas que libertaram a Colômbia, a Venezuela e o Peru do jugo da coroa espanhola. O filme, metalingüístico, discute o seu próprio processo de construção, ao mesmo tempo em que narra a trajetória do general.

A mostra conta, ainda, com atividades paralelas, entre elas uma homenagem ao cineasta Nelson Pereira dos Santos e o lançamento de livros e DVDs, como o roteiro de Lance Maior, de Sylvio Back.

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