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Televisão

O Astro reestreia amanhã

Megassucesso dos anos 70, novela de Janete Clair volta como macrossérie

Rodrigo Lombardi e Francisco Cuoco no Presídio do Ahú: protagonistas das duas versões se encontram no remake | Divulgação
Rodrigo Lombardi e Francisco Cuoco no Presídio do Ahú: protagonistas das duas versões se encontram no remake (Foto: Divulgação)

Rio de Janeiro - "Quem matou Salomão Hayalla?’’ A pergunta se repetia em bares, salões de beleza e qualquer outro lugar do Brasil no início de 1978. A questão criou tanta expectativa que, esclarecido o mistério, o poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu em sua coluna no Jornal do Brasil: "Agora que O Astro acabou, vamos cuidar da vida, que o Brasil está lá fora esperando’’. Pois O Astro, novela de Janete Clair em que Dionísio Azevedo interpretou Hayalla, estará de volta a partir de amanhã, às 23 horas, na RPC TV, agora em forma de macrossérie.

Reescrita por Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro, a história terá Daniel Filho como o personagem assassinado. Serão 60 capítulos. A iniciativa festeja os 60 anos da teledramaturgia brasileira – em 1951, a Tupi exibiu a primeira novela, Sua Vida Me Pertence. O diretor-geral do remake, Mauro Mendonça Fi­­lho, ressalta não se tratar de cópia: "A trama original é a mesma, mas o mundo mudou, era necessária uma adaptação".

O personagem principal, Herculano Quintanilha, vivido por Francisco Cuoco na primeira versão, agora é interpretado por Rodrigo Lombardi. Cuoco continua na trama, agora como Ferragus, mentor de Herculano e inexistente na primeira versão. A história começa em 2002, na fictícia cidade de Bom Jesus do Rio Claro. Herculano e Neco – vivido agora por Humberto Martins e, antes, por Flávio Migliaccio – arrecadam di­­nheiro dos fiéis para uma suposta reforma da igreja ma­­triz, mas planejam fugir com a quantia. Neco engana o comparsa e some com o dinheiro; Herculano é preso. Na cadeia ele conhece Ferragus, que lhe ensina truques de mágica. Ao sair da prisão, Herculano começa a se exibir como ilusionista e conhece Amanda (Carolina Ferraz na versão atual, Dina Sfat na original), iniciando um romance.

Encontro fortuito

Por acaso, o mágico conhece Márcio (Thiago Fragoso, ou To­­ny Ramos na versão original), filho de Salomão Hayalla. Ele não se interessa pelos negócios do pai, é rejeitado e acaba acolhido por Herculano. Quando o pai é morto, assume a direção da empresa da família, e Herculano se torna seu assessor. Na versão original, Hayalla é assassinado por Felipe, amante de sua mulher e usuário de drogas, que tem como comparsa um cabeleireiro. Janete Clair inspirou-se em um caso real – o assassinato de Cláudia Lessin Rodrigues, ocorrido em 1977 – para caracterizar os dois.

Na ocasião, Felipe foi interpretado por Edwin Luisi. Desta vez o papel é de Henri Castelli. Mas será ele o assassino? "Não importa se muita gente sabe o final, ou se vão buscar na internet. O importante é que vou contá-lo de maneira diferente, com muitas surpresas’’, diz o diretor. Apesar do elenco consagrado – incluindo Regina Duarte e Reginaldo Faria, entre outros –, Mendonça Filho sabe que se arrisca a não repetir o sucesso dos anos 70. "Na época a novela tinha mais audiência, e a Globo não tinha concorrência. Mas [o remake] é uma justíssima homenagem a Janete Clair.

Serviço:

A RPC TV faz o lançamento de O Astro hoje, no antigo Presídio do Ahú, que serviu de cenário para a macrossérie. Das 9 às 11h30, e das 13h30 às 17 horas, o local estará aberto à visitação pública. O ator Rodrigo Lombardi estará presente no evento. Menores de 18 anos só poderão entrar na presença dos pais ou responsáveis.

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