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Canções

O baú de sambas de Monarco

Um ano depois de completar oito décadas de carreira, o cantor e compositor lança novo disco com Velha Guarda da Portela, no Paiol

No novo disco, Monarco reúne desde canções mais recentes até sua primeira composição, feita em 1942 | Paulo Cesar Figueiredo/Divulgação
No novo disco, Monarco reúne desde canções mais recentes até sua primeira composição, feita em 1942 (Foto: Paulo Cesar Figueiredo/Divulgação)

Acompanhado pela Velha Guarda da Portela, o cantor e compositor Monarco apresenta o show de lançamento de seu novo disco neste sábado e domingo, no Teatro do Paiol.

O álbum Passado de Glória – Monarco 80 Anos reúne canções novas a velhas músicas do sambista, desde sua primeira composição, "Crioulinho Sabu", composta em 1942, quando ele tinha oito anos, ainda em Nova Iguaçu (RJ).

"Como meu baú é grande e tem muita coisa guardada, meu sonho era fazer um novo disco, mais rico em arranjos que o anterior", explica Monarco, em entrevista por telefone para a Gazeta do Povo.

O novo disco teve produção de Mauro Diniz, filho do músico, também presente nos shows. Foi dele a escolha de "Crioulinho Sabu" para o álbum, que tem patrocínio do programa Natura Musical.

"É um samba ingênuo, mal acabado, porque com oito anos de idade eu não poderia estar com a forma de hoje. Mas eu adorava o samba, e já me despertava o dom de compor naquela época", explica Monarco. "Quando fui morar em Oswaldo Cruz, perto da Portela, é que fui me aperfeiçoando, perto dos bambambãs", conta o cantor, que conviveu com precursores como Paulo da Portela, Antônio Caetano e Rufino.

No disco, que tem participações de Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Marisa Monte, Diogo Nogueira e Cristina Buarque, há canções escritas com parceiros como Quininho e Mário Lago – esta, feita postumamente a partir de versos do poeta. Monarco cita ícones da trajetória portelense, lembra Zé Kéti e Mijinha. Mas também abre espaço para a nova geração, representada pelo sambista paulistano Tuco Pellegrino.

Outra canção mais recente é "A Grande Vitória", parceria com Diniz, que exalta um bom momento da Portela. "É quando dizemos que este é o ano da consagração. É o ‘caçula’ falando sobre uma vitória que virá por aí. A esperança do portelense é ganhar um carnaval", diz Monarco.

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