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Kate (Meryl Streep) e Arnold (Tommy Lee Jones): casamento em crise e redescoberta do desejo | Divulgação
Kate (Meryl Streep) e Arnold (Tommy Lee Jones): casamento em crise e redescoberta do desejo| Foto: Divulgação

Serviço

Em cartaz

Um Divã para Dois. EUA, 2012.

Direção de David Frankel. Classificação indicativa: 12 anos. GGG

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DVD

O Exótico Hotel Marigold. Reino Unido, 2012. Direção de John Madden. Classificação indicativa: 10 anos. Preço médio: R$ 39,90. GGG1/2

Classificações: GGGGG Excelente. GGGG Muito bom. GGG Bom. GG Regular. G Fraco. 1/2 Intermediário. N/A Não avaliado.

  • Em O Exótico Hotel Marigold, idosos ingleses embarcam para uma nova vida na Índia

Só não vê quem não quer. Desde que Alguém Tem Que Ceder, comédia romântica de Nancy Meyers, estrelada pelos madurões Jack Nicholson e Diane Keaton, foi sucesso planetário de bilheteria, arrecadando US$ 267 milhões em todo o mundo, Hollywood percebeu que o público mais velho, acima dos 50 anos, tinha sede de se ver representado no cinema, não em papéis secundários, mas como protagonistas. O ano era 2003, coincidentemente o momento em que a febre de baixar filmes começava a ganhar força entre o público mais jovem, que muitas vezes prefere trocar a tela grande pela do computador.

Passados quase dez anos, não são raras hoje as produções estreladas por atores com idade mais avançada, que levam às salas de exibição muita gente, sobretudo, mas não exclusivamente, na faixa etária próxima à dos personagens. Atualmente, está em cartaz um caso típico desse fenômeno: a comédia dramática Um Divã para Dois, de David Frankel (de O Diabo Veste Prada).

Meryl Streep e Tommy Lee Jones, ambos com mais de 60 anos na vida real, são Kate e Arnold, casados há pelo menos três décadas e atravessando uma profunda crise conjugal: mal se falam, além do corriqueiro e do necessário, dormem em quartos separados e não fazem sexo há vários anos. Insatisfeita, Kate, uma espécie de dona de casa e mãe exemplar, resolve chutar o balde.

Carente e inconformada com a indiferença do marido, a personagem procura Dr. Feld (Steve Carell), um famoso terapeuta de casais que mantém, no estado do Maine, uma espécie de serviço de emergência para maridos e esposas à beira do abismo. Embora muito relutante, Arnold, um sujeito fechadão e mal-humorado, decide acompanhar a mulher, mesmo desconfiando de que o dinheiro pago por Kate pelo "tratamento" será jogado pela janela.

Lançado em meados deste mês, quase simultaneamente nos Estados Unidos e no Brasil, Um Divã para Dois já arrecadou US$ 45 milhões no mercado norte-americano, onde foi muito bem-recebido pela crítica, que, além das ótimas interpretações dos protagonistas, ressaltou a pertinência de se discutir a vida sexual de pessoas da chamada terceira idade, tema quase ausente dos roteiros da maior parte das produções voltadas ao grande público.

Apesar de recorrer a alguns clichês, e de não ousar muito, oferecendo uma abordagem até certo ponto romantizada e pudica do dilema que retrata, há momentos impagáveis no filme. Em um deles, o casal vai ao cinema assistir a um filme francês, e Kate resolve fazer uma traquinagem erótica, oferecendo a Arnold uma sessão de sexo oral, algo inédito em sua carreira marital.

O experimento não dá muito certo, mas a plateia vai ao delírio ao ver a maior atriz viva do cinema norte-americano, que venceu neste ano seu terceiro Oscar por A Dama de Ferro, em situação tão insólita. E não é a única.

Blockbuster

Êxito internacional, outro filme sobre idosos, O Exótico Hotel Marigold, de John Madden (de Shakespeare Apaixonado) custou US$ 10 milhões e fez US$ 131 milhões, ou seja, 13 vezes mais do que o seu orçamento, ao reunir um grupo de veteranos do teatro e do cinema britânico em um filme sobre velhos. Um verdadeiro block­buster da terceira idade.

O longa, que acaba de chegar às locadoras e às lojas no Brasil, conta a história de um grupo de idosos que, por diferentes razões, decide embarcar em uma aventura e tanto: mudar do Reino Unido para a Índia, depois de serem seduzidos pelas promessas que leem no site do tal estabelecimento que dá nome ao filme.

A narradora da história é Evelyn Greensdale (Judi Dench, de Iris e Shakespeare Apaixonado), que, após a morte do marido, descobre estar cheia de dívidas, por ele contraídas, e é forçada a vender o apartamento onde mora. Entre se mudar para a casa do único filho casado e partir do país, ela escolhe a segunda opção.

Na mesma leva, vão o juiz da Suprema Corte Graham Dashwood (Tom Wilkinson, de Conduta de Risco), amargurado por um segredo de seu passado; Muriel Donnelly (Maggie Smith, de Uma Janela para o Amor), uma ex-governanta cheia de preconceitos, obrigada a engoli-los e embarcar para a Índia, onde terá de pagar bem menos por uma cirurgia no quadril; Doug (Bill Nighy, da série Piratas do Caribe) e Jean Anslie (Penelope Wilton, de Ponto Final – Match Point), um casal em crise; a fogosa Madge (Celia Imrie, da minissérie Cranford); e o igualmente namorador Norman Cousins (Ronald Pickup, de Príncipe da Pérsia – As Areias do Tempo).

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