
Quando surgiu, em 2007, o Copacabana Club "causou". Bem-recebida pela crítica nacional, a banda levou seu electropop para alguns dos maiores festivais nacionais e internacionais e abriu shows para artistas como Moby e Britney Spears. O hit "Just Do It" foi trilha para comercial de tevê e reality shows.
Com o sucesso inicial, a banda apostou em um projeto profissional e ambicioso que exigia dedicação integral, produções caras e uma agenda cheia de ensaios, shows e viagens. Este período culminou com o lançamento do primeiro álbum, Tropical Splash, em 2011.
No início do ano passado, porém, o CC mudou de "pegada". O guitarrista Alec Ventura e o baixista Tile Douglas deixaram a formação. "A gente percebeu que do jeito que estava não dava mais. Cada um quis tomar seu rumo", explica a vocalista Cacá V..
Ao lado da outra remanescente da banda, a baterista Claudinha Bukowski, Cacá conta que decidiu manter a formação dando, porém, um "passo atrás". Isto significa enxugar a agenda de shows e ensaios e diminuir a pressão da banda como "um negócio". "Em qualquer lugar do mundo, sobreviver com uma banda é uma tarefa difícil. Mesmo viajando bastante, são poucos os que conseguem viver apenas da música", avalia.
Os novos integrantes, o guitarrista André França que também toca no Homemade Blockbuster e o baixista Carlos Cafareli Jr., ex-Colorphonic, se juntaram ao Copa sabendo deste novo momento.
Com esta cara nova, o Copacabana Club lançou, no início desta semana, um novo clipe do single "Love Is Over", dirigido por Thales Banzai. Tanto o vídeo quanto a faixa têm a o DNA do Copacabana Club: estética indie, letra despretensiosa em inglês embalada por uma batida disco-dance divertida que pede uma pistinha.
Personalidade
Para Cacá, as mudanças fizeram bem para o som da banda sem mexer na personalidade que o grupo forjou durante a carreira. "As coisas fluíram melhor artisticamente. Quando a gente se encontra, é um pouco como era no começo, com uma certa despretensão", diz.
"Eu mesma estou mais confortável, meu vocal está soando bem, mais legal. A gente sempre quis manter o groove do baixo, a guitarra mudou, mas nem tanto. E o pé continua marcando a batida para quem ouve", avalia.
A nova formação também está escalada para tocar no final do mês no festival Lollapalooza, em São Paulo, no mesmo dia que The Killers, Flaming Lips, Cake e Passion Pit. "O festival é uma boa oportunidade de mostrar a nossa cara, as novas músicas. O show vai ter uma hora, tempo relativamente grande em um festival. Assim, o set deve ter umas cinco ou seis músicas novas e algumas do primeiro disco", adianta.
Já para o resto do ano, a banda se programa para conciliar os projetos pessoais dos integrantes a uma agenda de shows e lançamento de pelo menos mais sete singles, a intervalos mensais. "É um jeito legal de permanecer vivo no ouvido das pessoas. Estamos numa fase de compor e se acertar com esta nova formação."
Love Is Over - Copacabana Club



