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Opinião

O Fim da Escuridão acerta ao optar pela sobriedade

Mel Gibson ressurge mais velho, em interpretação contida e intensa | Divulgação
Mel Gibson ressurge mais velho, em interpretação contida e intensa (Foto: Divulgação)

Mel Gibson não estrelava um longa-metragem desde Sinais (2002). De lá para cá, não saiu da mídia. Causou polêmica com seus explicitamente violentos longas-metragens A Paixão de Cristo (2004), falado em latim e aramaico, e Apocalipto (2006), com diálogos em língua maia, e indignou a comunidade judaica quando proferiu insultos antissemitas ao ser preso embriagado há alguns anos. Durante todo esse tempo, manteve sua carreira de ator de molho.

Oito anos mais tarde, e com muito mais rugas no rosto, Gibson está de volta à tela grande em um filme sob medida para suas qualidades de ator. O Fim da Escuridão (assista ao trailer e veja as fotos), de Martin Campbell (de Cassino Royale), mais do que uma história policial, é a história de um policial. E como estudo de personagem consegue se afirmar e gerar interesse junto ao público.

Numa interpretação ao mesmo tempo intensa e contida, Gibson vive o papel de Thomas Craven, um detetive de Boston du­­rão e solitário que vê seu mundo desabar em questão de horas. Ele vai até a estação de trem, onde recebe a filha, Emma (Bojana Novakovic), engenheira nuclear que trabalha como estagiária para uma grande empresa de pesquisa e desenvolvimento ligada ao governo americano. No caminho de casa, a moça de­­monstra estar com um problema de saúde. À mesa do jantar, ela volta a se sentir mal, vomitar e verter sangue pelo nariz. Quando estão saindo para o hospital, Emma é vítima de um tiro fatal. Em tese, o alvo seria Thomas. Mas não é.

Decidido a desvendar o crime, o detetive aos poucos mergulha numa intrincada trama que envolve desde um senador até o desenvolvimento de armas nucleares capazes de destruição em massa.

Sóbrio, por vezes até demais, O Fim da Escuridão é um policial adulto. Tem lá suas cenas de tiros, perseguições e correria, mas tira sua força mais da interpretação de Gibson e das maquinações orquestradas pela trama do que de seus momentos de ação explícita. Embora seja apelativo em alguns momentos, sobretudo no seu desfecho, é um filme digno, com bom elenco e enredo envolvente. GGG

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