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Instrumental

O novo e o velho Glauco Sölter

Com o CD Coletânea, Sölter procurou traçar seu próprio perfil | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Com o CD Coletânea, Sölter procurou traçar seu próprio perfil (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)
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O baixista e compositor paranaense Glauco Sölter lança hoje, com um show no Teatro do Paiol, seu novo álbum solo de material inédito – o CD duplo Dois em Um, que inclui uma coletânea de faixas remasterizadas de trabalhos anteriores.

O disco de inéditas, Novidade, traz temas de autoria do baixista gravados por uma mesma banda base – formação que o acompanha no show: Daniel Migliavacca (bandolim), Joel Mueller (violão), Márcio Rosa (percuteria), Sérgio Coelho (trombone), Paulo Siqueira (sax/flauta), além dos convidados Sérgio Albach (clarone) e Luís Rolim (percussão).

O formato é a primeira diferença do novo trabalho em relação ao último lançamento de Sölter, Baxô (2007), que trazia formações diferentes para cada faixa.

"Quando fiz o Baxô, recebi várias boas críticas, mas uma pessoa me disse: ‘é muito bom, mas parece uma salada, porque em cada musica é um time, uma sonoridade’", conta o músico. "A intenção do Novidade foi fazer uma proposta sonora mais coesa, aprofundada para um álbum, pela primeira vez", diz.

A concepção aponta para uma sonoridade mais acústica, marcada pela identidade brasileira do bandolim e do violão e de ritmos como a toada (ouça "Balada Brasil"), samba partido ("A Situação") e afoxé ("Everybody").

"A brasilidade está cada vez mais presente em meu trabalho", comenta Sölter, que se identifica com uma música instrumental em diálogo crescente com o popular.

Seu estilo de compor privilegia ideias encantadoras, sem perseguir limites técnicos do instrumento ou uma estética difícil, deliberadamente estranha. O músico critica a tendência ao isolamento da música instrumental em sua própria complexidade. "O sentido de fazer música para mim é emocionar, comunicar, buscar um fundo sonoro para a vida das pessoas", defende.

Esta foi a força que o baixista buscou nas músicas que reuniu no CD Coletânea, que inclui faixas dos discos Glauco Sölter (1997), Fala Baixo (2000) e Baxô (2007), além de álbuns dos coletivos NaTocaia e Sinfonética.

"A composição retrata muito o artista", explica o músico. "O Coletânea talvez seja uma forma de traçar um perfil da minha personalidade musical."

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