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Elogiada performance da curitibana Rosana Stavis (deitada) é bom motivo para conferir o drama | Mauro Kury/Divulgação
Elogiada performance da curitibana Rosana Stavis (deitada) é bom motivo para conferir o drama| Foto: Mauro Kury/Divulgação

Antes do Fim reescreve mito

Durante o Festival de Curitiba, a atriz Rosana Stavis também estará em Antes do Fim, de Marcelo Bourscheid com direção de Marcos Damaceno. O texto é um dos frutos do Núcleo de Dramaturgia do Sesi/PR. Reescreve o mito grego de Ifigênia, tendo como personagens os integrantes de uma família que aguarda o retorno da filha. O espetáculo integra a mostra Outros Lugares, que privilegia novas experiências em dramaturgia da cidade. As apresentações acontecem de 4 a 9 de abril, na Casa do Damaceno.

Antes da Coisa Toda Começar está chamando muita atenção, como tudo que faz a Armazém, companhia originária de Londrina e radicada no Rio de Janeiro. Depois da temporada carioca, a boa estrela do espetáculo chegou a São Paulo, onde jogou luz sobre a carreira da paranaense Rosana Stavis. Ela substitui Simone Mazzer no papel da cantora Léa, mulher de meia-idade frustrada com sua música e com a vida.

"Já estive em cartaz várias vezes em São Paulo, mas de alguma maneira, esse espetáculo e esse personagem brilham aos olhos das pessoas", contou Rosana à Gazeta do Povo.

Se antes era considerada por muitos como a melhor atriz da capital paranaense, agora ela "se confirma como uma das grandes atrizes brasileiras no momento", como escreveu Luiz Fernando Ramos, crítico teatral do jornal Folha de S.Paulo. O elogio vai principalmente para as canções que embalam o espetáculo, executadas pelos próprios atores, com orientação do músico Ricco Viana.

Após soltar os pulmões em cena no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, Rosana, que integra a banda curitibana Denorex 80, foi definida por um espectador como "a Ozzy Osbourne feminina".

A boa atuação contrasta com o espírito decadente da personagem, que tentou o suicídio diversas vezes. Ao seu lado, uma garota (Patrícia Selonk) descobre sua sexualidade em conflito com a paixão pelo irmão, e um ator em crise (Thales Coutinho) está em busca de sentido para a arte e a vida.

Esses personagens formam um trio de memórias que assombram um fantasma (Ricardo Martins) preso nas ruínas de um teatro, onde revive seus medos e anseios.

Escrita pelos premiados Paulo de Moraes e Maurício Arruda Mendonça, a peça foi indicada ao Prêmio Shell deste ano na categoria melhor iluminação (Maneco Quinderé).

Serviço:

Antes da Coisa Toda Começar. Barracão do Cietep. Dias 7 a 10 de abril, às 21 horas.

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