
O premiado diretor russo Timur Bekmambetov ("Guardiões da Noite") estréia em Hollywood com o suspense de ação "O Procurado" (assista ao trailer), que entra em cartaz em todo o Brasil na sexta-feira.
De cara, conta com um elenco repleto de estrelas, entre elas, Angelina Jolie ("O Preço da Coragem"), Morgan Freeman ("Batman -- O Cavaleiro das Trevas") e James McAvoy ("Desejo e Reparação").
O roteiro parte de uma série de quadrinhos assinada por Mark Millar e J. G. Jones. Nessa história, Bekmambetov encontra uma forma de lidar com seus maneirismos narrativos e truques visuais, quase sempre com pé na fantasia.
O protagonista é Wesley Allan Gibson (McAvoy) que, numa das primeiras cenas, conta que seu pai o abandonou quando tinha apenas sete dias. Ele trabalha como burocrata num emprego chato e vai levando a vida.
O que Wesley não sabe é que seu pai era um assassino profissional que morreu enquanto trabalhava para uma organização misteriosa chamada Fraternidade -- na verdade, uma liga de superassassinos.
Finalmente, Wesley acaba sendo convocado para entrar, ele também, na Fraternidade. Antes de poder pensar em vingar a morte de seu pai, o rapaz precisa passar por um treinamento físico e psíquico.
Para isso, conta com a ajuda de Sloane (Freeman) e de Fox (Angelina), uma personagem durona que faz lembrar sua participação como a matadora de "Sr. e Sra Smith".
O lema da Fraternidade é "matar um, salvar mil". Aos poucos, Wesley se interessa por essa idéia. Além do mais, o personagem parece ter herdado do pai poderes extra-sensoriais que lhe dão vantagens sobre seus inimigos. Porém, quando descobre algumas verdades, o rapaz fica em conflito quanto a sua participação na organização.
"O Procurado" recicla uma série de idéias muito usadas no cinema de ação -- em especial "Matrix" e suas jogadas visuais, e elementos do roteiro de "Clube da Luta".
O personagem de McAvoy, aliás, tem muito a ver com o de Edward Norton naquele filme, um sujeito sem perspectivas na vida que é transformado pela entrada em cena de um personagem de comportamento um tanto estranho, aqui vivido por Angelina Jolie.
Bekmambetov vale-se de todos os clichês possíveis do gênero, tanto no visual, como na narrativa. Quando algumas revelações vêm à tona, nada de novo é descoberto. Praticamente todas as boas idéias presentes no filme são emprestadas de outras obras do gênero.








