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Visuais

O registro "Estrangeiro"

Curitiba Luz Imagem e Fotografia começa hoje com exposições e eventos que falam sobre o hibridismo na fotografia atual

O organizador do Clif, Guilherme Zawa, e o curador do evento, Tom Lisboa: proposta de mostrar o atual momento da fotografia no Brasil e no exterior | Imageria Leal/Divulgação
O organizador do Clif, Guilherme Zawa, e o curador do evento, Tom Lisboa: proposta de mostrar o atual momento da fotografia no Brasil e no exterior (Foto: Imageria Leal/Divulgação)
Trabalhos de Alex Flemming integram importantes coleções de museus no Brasil e no mundo e podem ser vistas no Clif |

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Trabalhos de Alex Flemming integram importantes coleções de museus no Brasil e no mundo e podem ser vistas no Clif

Imagem da série Feito Poeira, de Dirceu Maues |

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Imagem da série Feito Poeira, de Dirceu Maues

Fotografia de Patricia Gouvêa que está na mostra do Clif |

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Fotografia de Patricia Gouvêa que está na mostra do Clif

Com o tema "território estrangeiro", o Curitiba Luz Imagem e Fotografia (Clif) começa hoje, na capital paranaense, com uma programação que inclui exposições, palestras, oficinas e sessões de cinema, com curadoria do artista visual Tom Lisboa.

A coletiva Território Estrangeiro, que será inaugurada hoje, às 19 horas, no Museu Municipal de Arte (MuMa) – Portão Cultural abre a programação e reúne nomes importantes da fotografia e das artes visuais, como Juliane Fuganti, Tony Camargo, Vilma Slomp, Rosangela Renó, entre outros.

O artista visual Alex Flemming, que também ministrará uma das palestras no Museu Niemeyer, veio da Alemanha especialmente para duas exposições no Brasil, entre elas, a que acontece em Curitiba. "Ele é uma das estrelas do evento", diz o idealizador do Clif, Guilherme Zawa, que realiza a ação em Curitiba desde 2011 (antes, com o nome Semana da Fotografia).

Os trabalhos de Flemming integram importantes coleções de museus no Brasil e no mundo, como o Museu de Arte de São Paulo (Masp), o Museu Nacional e Belas Artes, no Rio de Janeiro, e o Museu de Arte da América Latina, em Washington. No MuMa, estarão expostas obras de uma de suas séries mais famosas, Body Builders (2001-2002), quando o artista fotografou corpos jovens e esbeltos e desenhou em cima das imagens mapas de áreas de conflitos e guerras.

Na programação, Zawa destaca ainda a palestra com Eder Chiodetto, um dos maiores curadores de fotografia do país, e a oficina de construção de câmeras digitais artesanais, com Guilherme Maranhão.

Pela Rua XV de Novembro, os fotógrafos do coletivo O Estendal levarão imagens da série Paisagem Alterada, impressas em papel de algodão. As obras, que estarão à disposição do público a partir de amanhã, poderão sofrer intervenções das pessoas.

No final do Clif, no sábado, 23, acontece também o Foto Escambo, projeto idealizado por Hans Georg, no qual fotógrafos e amadores trocam, sem a necessidade de dinheiro, imagens expostas e sem identificação do autor. "No meio das imagens, têm fotos valiosas que são dadas de bom grado pelos artistas. Também é um momento imprescindível para o fotógrafo que quer tirar um trabalho da gaveta", diz Zawa.

Ideia

O curador do Clif, Tom Lisboa, conta que a escolha do tema "território estrangeiro" (um recorte para falar sobre as outras áreas que "invadem" a fotografia) foi bastante particular. "Quando fui convidado para fazer a curadoria, o Guilherme Zawa me pediu para dar um enfoque muito pessoal à mostra. Toda minha produção mescla a fotografia com outras áreas, tais como a literatura, o vídeo, a pintura, o cinema, a intervenção urbana e a internet", diz. Lisboa conta que o projeto coincidiu com a leitura do livro Cidade Polifônica, do antropólogo italiano Massimo Canevacci. "Nele, ele afirma que compreendeu o que é ser italiano quando se sentiu perdido em um território estrangeiro, no caso o Brasil. A partir dessa vivência, eu desenhei o que seria o território estrangeiro do Clif. A fotografia deveria aparecer diluída, mas, ao mesmo tempo, afirmando sua identidade perante os outros meios", define Lisboa.

Exposição

Território Estrangeiro

Museu Municipal de Arte (MuMa) – Portão Cultural (Av. República Argentina, 3.430), (41) 3321-3282. Inauguração hoje, às 19 horas. Visitação de terça-feira a domingo, das 10 às 19 horas. Entrada franca. Até 15 de dezembro.

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