Depois de 18 anos sem expor individualmente, o artista visual e professor do Departamento de Artes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Geraldo Leão retorna para o museu com Pretérito Presente, que será inaugurado hoje, às 19 horas, no Museu Municipal de Arte Portão Cultural. A mostra, com curadoria de Cristiane Silveira, traz pinturas produzidas por Leão nas décadas de 1980 e 1990, junto com trabalhos recentes, criados do final do ano passado até agora. Ao longo do período em cartaz, o projeto prevê ainda cursos, debates e mesas-redondas com o artista.
Mestre e doutor em História, pesquisador das relações entre arte e política no modernismo brasileiro, Leão conta que a experiência de voltar a expor em um museu está sendo "apaixonante e até aterrorizante". "Causa uma ansiedade grande. Tudo o que você fez até agora é confrontado, o que é algo muito desafiador."
O conjunto dos trabalhos mostra as diferenças de época, como o uso de diferentes materiais. Mas todos ainda "conversam", acredita o artista. "Os eixos principais se mantêm."
Pausa
Nos anos em que ficou sem expor, Geraldo Leão não ficou necessariamente sem produzir, mas o fazia em um ritmo menor, "sem pretensão". Com a exposição, juntou as suas ideias para reproduzir um plano geral daquelas acumuladas nos últimos anos, além de dar a oportunidade de vários alunos formados por ele poderem ver uma individual do mestre. "Isso vai dando uma vontade de continuar uma conversa com eles, e minha motivação com a exposição é manter o debate aberto."
