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Escultura de 11 metros de altura, instalada em 1996 no estacionamento do Muma é a única obra de arte pública de Tomie Ohtake  em Curitiba. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Escultura de 11 metros de altura, instalada em 1996 no estacionamento do Muma é a única obra de arte pública de Tomie Ohtake em Curitiba.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Uma das 30 obras públicas criada pela artista plástica Tomie Ohtake – que morreu em fevereiro deste ano, aos 101 anos – está em Curitiba: uma escultura em concreto armado, de 11 metros de altura, localizada no estacionamento do Portão Cultural –Museu Municipal de Arte (Muma). Instalada na cidade em 1996, a obra foi criada pela artista para celebrar o centenário de amizade Brasil-Japão, e ganhará um restauro nesta segunda-feira (29). O trabalho será feito por uma equipe da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), das 14h30 às 17 horas.

De acordo com a coordenadora de preservação e conservação de acervo da FCC, Maria Isabel Soppa, a cor vermelha da obra foi esmaecendo ao longo dos anos, por isso, é necessária uma nova pintura. Para se chegar ao tom ideal usado por Tomie, vários testes de cores foram realizados por especialistas da área. “Na estrutura, a obra está perfeita. A nova pintura ajuda a proteger a escultura”, explica.

Segundo Maria Isabel, no caso de obras de arte públicas, o setor faz um acompanhamento para definir quando um restauro é necessário. “Isso varia conforme a obra. Se acontece algo muito forte que possa danificar, como um acidente ou chuva muito forte, fazemos uma intervenção mais rapidamente. Caso contrário, é só acompanhar”.

Além da escultura em grandes dimensões, museus de Curitiba, como o Muma e o Museu da Gravura, têm obras de Tomie no acervo. No Museu Oscar Niemeyer (MON), são três obras: uma escultura (sem nome e data), uma pintura em óleo (sem nome), de 2004, e uma gravura de 2011, em serigrafia sobre papel.

Trajetória

Nascida em Kyoto em 1913, Tomie Ohtake, que era brasileira naturalizada, se mudou para São Paulo em 1936 e começou a pintar no começo da década de 1950, quando deu início a duas de suas marcas: a exploração da cor e das formas geométricas. A década seguinte foi a mais decisiva para a sua carreira, quando realizou várias experimentações de linguagem.

Seguiu trabalhando até os últimos anos de sua vida – deixou várias obras inéditas em seu ateliê, projetado pelo filho, Ruy Ohtake, que dirige o instituto que leva o nome da mãe. Em uma das últimas entrevistas que concedeu, em 2013, declarou que “seguia feliz pintando”.

Das 30 obras públicas criadas, a maioria foi feita na cor vermelha. Em São Paulo, onde viveu e produziu, Tomie fez trabalhos que estão instaladas em locais como a Avenida Paulista, Estação de Metrô Consolação, entre outros espaços.

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