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Com a missão de arrecadar dinheiro para educar os mais pobres e uma renda anual de mais de R$ 2 milhões, a Global Aid Trust, instituição de caridade islâmica com sede em Londres, está sendo investigada depois de ser acusada de apoiar o extremismo. Após a polêmica, o diretor-executivo da ONG, Rizwan Hussein, deixou o cargo. O caso começou a ser investigado após um documentário, exibido pela rede ITV, que mostra funcionários da instituição elogiando terroristas — e até dando conselhos sobre como se tornar um jihadista na Síria.

Fingindo ser um voluntário, um repórter começou a trabalhar na sede da Global Aid Trust e foi apresentado a um funcionário chamado Shaffiq Shabbar, que rapidamente confessou sua admiração pelo pregador Anwar al-Awlaki. Em outra gravação, um orador convidado para uma palestra na ONG faz comentários antissemitas e oferece sua bênção a jihadistas. Além da Global Aid Trust, outras instituições, incluindo a Steadfast Trust, estão na mira da investigação.

"Eles espalham mentiras sobre ele. Ele é um estudioso e, depois que saiu da prisão, começou a incitar o ódio e pedir a muçulmanos ocidentais que fizessem ataques a bomba. Ele incitou bombardeios basicamente. Mas era um cara brilhante", defendeu Shabbar ao jornalista.

Quando perguntado se ainda era possível viajar para a Síria, Shabbar respondeu que sim.

"Você vai para a Turquia e salta a fronteira. E quando digo saltar a fronteira quero dizer literalmente. Provavelmente vai encontrar al-Qaeda do outro lado para ajudá-lo. É muito fácil de entrar."

Em outra parte do documentário, a instituição de caridade indica um pregador chamado Dawah Man para discursar em um evento em um barco no rio Tâmisa. Recentemente ele foi proibido de dar uma palestra na Universidade de East London depois de se referir à homossexualidade como uma "doença imunda".

Em seu discurso, Man fez uma série de comentários antissemitas. "Os Estados Unidos, os países europeus, esses países são controlados pelos sionistas", afirma. "Se você olhar para os maiores banqueiros do mundo, que financiam estes países, eles são sionistas."

Em um comunicado, um porta-voz da ONG criticou os comentários e confirmou que Rizwan Hussain havia deixado o cargo.

"Condenamos firmemente e rejeitamos os comentários feitos por Shaffiq e outros palestrantes externos. Expressamos nosso grande pesar por estes incidentes, que foram o resultado de uma falha no processo na organização. Pedimos desculpas aos nossos apoiadores e faremos o nosso melhor para garantir assim tais situações não ocorram novamente."

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